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Seis livros marcam os lançamentos da semana na Companhia das Letras.

 

Sergio Y. vai à América, de Alexandre Vidal Porto
Um romance que investiga, com sabedoria e delicadeza as fronteiras da sexualidade no mundo contemporâneo. E vai além: com inteligência penetrante e uma prosa concentrada, Alexandre Vidal Porto constrói uma ficção sobre um jovem bem-nascido que muda radicalmente de vida. E de destino. Sergio Y., paciente do consultório psiquiátrico do narrador, abandona de súbito o tratamento, reescrevendo a própria história e a de seus psiquiatra. Uma ficção em que memória e esquecimento, revelação e ocultamento ajudam a compor um atualíssimo testemunho sobre nossa cultura e nossas mais secretas emoções.

Os negros na América Latina, de Henry Louis Gates Jr. (Tradução de Donaldson M. Garschagen)
Entre os séculos XVI e XIX, cerca de 11 milhões de africnaos desembarcaram no continente americano depois de sobreviver à pavorosa travessia do Atlântico nos navios negreiros. Quase metade foi trazida para o Brasil, último país ocidental a abolir a escravatura. À mesma época, centenas de milhares de cativos chegaram à costa do Haiti e de Cuba e também a lugares como México e Peru. O professor de Harvard, crítico literário, pesquisador e cineasta Henry Louis Gates Jr. viajou por seis países latino-americanos para compreender a realidade atual dos descendentes das vítimas da escravidão – e rodar uma série de documentários sobre o assunto, grande sucesso de audiência na TV pública americana. O que significa ser negro em nações historicamente marcadas pelas desigualdades? Em que medida o racismo ainda dominante está associado às relações de classe? Em sua investigação – que inclui entrevistas com acadêmicos, ativistas, artistas e pessoas comuns -, Gates apresenta uma visão reveladora sobe a história e a cultura dos afrodescendentes na América Latina.

Paisagens da Metrópole da Morte, de Otto Dov Kulka
Entre o ensaio e testemunho, Otto Don Kulka produziu uma obra que amplia nosso entendimento a respeito de Holocausto. Unindo memória e imaginação – além de conhecimento historiográfico -, este livro mostra a tentativa de um homem. E uma das histórias mais tenebrosas do século XX.

Quando Blufis ficou em silêncio, de Lorena Nobel e Gustavo Kurlat
Nina coleciona coisas. Coisas especiais: ela guarda e cuida delas. Já tem uma coleção de rugas – as rugas-passageiras, que ficam só um pouco e depois vão embora, como as rugas nos dedos depois do banho e os amassados na bochecha ao acordar. E as rugas moradoras, que são as que nunca vão embora. Nina adora esse tipo! E também uma de espirros, que são bem mais difíceis de pegar. Ela tem vários ATCHINS, um punhado de ATCHUS e algumas raridades: um APUF, dois PIFFS, três ATCHUMBAS, seis PITCHUS e meio TCHUSS. Agora Nina começou uma coleção nova: a de pessoas com sono. É que, de repente, as canções sumiram de Blufis e, sem canções, as crianças foram desdormindo,desdormindo, até ficarem completamente sem sono. Mas Nina tem que dar um jeito nisso. E logo.

Abril, o peixe vermelho, de Marjolaine Leray (Trad. de Júlia Moritz Schwarcz)
Abril era um peixinho que se sentia meio fora d’água. Como era de se esperar, ele não se contentou com sua vida entre quatro paredes de vidro: bolou um plano e partiu em busca de novos horizontes… Este é mais um livro com a irreverência e o traço inconfundível de Marjolaine Leray, autora de Uma chapeuzinho vermelho.

Mulheres francesas não fazem plástica, Mireille Guiliano (Trad. de Ana Beatriz Rodrigues)
Quando o assunto é plástica, os Estados Unidos saem na frente todo ano. Em segundo lugar? A China, que vem crescendo em um ritmo impressionante. Em terceiro? O Brasil. E a França, um país dedicado à beleza feminina, onde as mulheres são modelo de desejo, elegância e sedução? Não está nem entre os dez primeiros lugares do ranking. Em Mulheres franceses não fazem plástica, Mireille Guiliano, ex-presidente da Clicquot, Inc. e autora best-seller do New York Times, revela os segredos e truques das francesas no que diz respeito a alimentação, estilo e hábitos, convidando o leitor a abandonar alguns padrões, redefinir prioridades, aproveitar os anos de maturidade – e cuidar da aparência de uma nova forma, antes de recorrer ao bisturi do cirurgião plástico.

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