Por: Franz Lima. Curta nossa fanpage: Apogeu do Abismo.
Esquadrão Suicida se passa pouco após a morte do Superman em
“Batman v Superman”. Amanda Waller recruta meta-humanos para compor um grupo
literalmente suicida de agentes. Seus dons são os mais variados, indo desde a
psicose (Arlequina) até o poder sobrenatural (Magia). Mas todos são
extremamente letais.
Waller é a mais fria de todos os vilões. Ela planejou cada
detalhe para tê-los sobre seu comando, ainda que seja uma empreitada perigosa,
imprevisível. Lidar com assassinos é algo potencialmente fatal, mesmo que você
seja um dos assassinos.
As cenas do passado de cada vilão ficaram bem interessantes
e evitaram uma abordagem mais longa deles. Uma dessas cenas mostra o romance
entre a Arlequina e o Coringa, com destaque em uma cena idealizada por Alex
Ross. Vejam abaixo e comparem:
Os integrantes do que seria uma Legião do Mal são
manipulados por Amanda que tem, teoricamente, tudo sobre controle. A capacidade de manipulação dela é
surpreendente, revelando uma parcela do mal que ela pode proporcionar. A
reunião de vilões meta-humanos, segundo a própria Amanda Waller, é uma corrida
do ouro. Seres superpoderosos estão sendo reunidos em outros lugares – uma referência
à Liga da Justiça?
Uma pequena reviravolta ocorre por conta do amor. Sim, o bom
e velho amor que já moveu nações e promoveu mortes atua novamente. Dessa vez, o
Coringa entra em cena. Além de alucinado e mortal, ele sabe o poder que o
dinheiro tem. E é com esse poder que ele irá arrumar os subsídios para buscar
sua amada.
O roteiro acelera para apresentar um vilão inesperado e a
agregação de uma vilã já prevista. As cenas passam de forma apressada e dão
pouco tempo ao espectador para compreender o que está ocorrendo. Apesar disso,
é possível perceber que um mal ancestral está entre os humanos.
A retomada da ação mostra a equipe sendo preparada para o
combate. Midway City (?) foi atacada por uma entidade com poderes
incalculáveis, um ser tão antigo quanto a História. O tempo do recrutamento
acabou. É hora de matar para sobreviver.
Aos muitos trancos e barrancos, o Esquadrão chega a Midway
City. Mortos por toda parte, incêndios e criaturas dispostas a destruí-los. Nessa
ocasião que as habilidades reais de alguns deles são mostradas. Um dos pontos
fortes está no humor da Arlequina e do Capitão Bumerangue.
A função da equipe, inclusive o pessoal de apoio, é resgatar
uma pessoa importante em Midway. Não importa o número de baixas, desde que essa
pessoa seja resgatada. Óbvio que isso provoca no espectador a mesma sensação
ruim de O Soldado Ryan, guardadas as devidas proporções, óbvio.
Mais do que um simples filme de heróis (???), Esquadrão
Suicida serve para refletirmos sobre o lado humano de pessoas mergulhadas na
escuridão. Por mais “fodão” que alguém queira se mostrar, sempre haverá algo
que o emociona, algo que ele ama e o mantém, bem ou mal, incluído na categoria ‘ser
humano’. É justamente nesse ponto que o diretor e roteirista David Ayer encontrou um
ponto de apoio para dar consistência à trama.
O que decepcionou alguns fãs?
As expectativas foram enormes em parte pelo tom humorado, o uso de vilões como protagonistas, a presença de Will Smith, mas, sobretudo, por causa dos trailers memoráveis. Quer um exemplo?
Eu gostei demais do filme. Há humor, Will encaixou muito bem no papel de Deadshot, o Coringa teve uma presença rápida (não é um filme do Batman, lembram-se?), porém sempre alucinada, além das caracterizações ótimas dos personagens e, inclusive, a busca de um aprofundamento psicológico das motivações e nuances das personalidades deles.
Eu recomendo Esquadrão Suicida como um bom filme baseado nos quadrinhos. É um começo decente e louvável para algo que muitos de nós jamais veríamos se não fosse a coragem da DC de montar uma história assim. Tal como ocorreu com o primeiro Thor, da Marvel, Esquadrão teve suas lacunas, talvez motivadas pelo pouco tempo do filme. Uma versão estendida será muito bem recebida pelos fãs.
A trilha sonora é impecável e a simples presença de Zack Snyder como produtor executivo já era uma garantia de material, no mínimo, condizente.
Um outro detalhe que não pode passar: vocês vão odiar a Amanda Waller interpretada por Viola Davis.
Enfim, após mais de duas horas de filme, posso afirmar que há futuro na franquia. Todos os atores se esforçaram para incorporar os traumas e a maldade por trás de cada vilão. O mesmo ocorreu com o elenco que interpretou os chamados "normais".
E se você queria mais do Coringa, algo cobrado demais pelos fãs extremistas, pode ficar tranquilo. É certo que teremos outro Esquadrão Suicida, assim como em breve teremos o filme solo do Batman. E é claro que o senhor C. estará lá.
Críticas ao filme? Sim, sempre haverá. Eu, contudo, prefiro apontar o lado promissor e coerente de uma empreitada corajosa. Que as portas do Arkham sejam abertas!
Cena excluída na versão para o cinema |
P.S.: muitas cenas dos trailers não foram incluídas no filme. Os motivos? Um deles é justamente o fator 'perda de impacto' com tanta coisa revelada neles. Um exemplo? Capitão América - Guerra Civil, cujos trailers quase entregaram todos os melhores momentos. Tenham paciência e aguardem a versão completa em Blu-ray, não irão se arrepender.
Eu não posso esperar para ver as cenas extras, porque essas realmente me atraíram nos trailers. Este filme ultrapassou minhas expectativas, David Ayer adaptou a história de uma maneira impressionante. Além disso, também os personagens coringa e arlequina foram bem atuados por Jared Letto e Margot Robbie. O filme foi uma surpresa pra mim, já que apesar das críticas negativas acho que foi uma historia de super-herói muito criativa que usou elementos clássicos dos quadrinhos.
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