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Batman: o Cálice. Resenha da graphic novel.

Caso tenha imaginado que o cálice do título seja o tão famoso Graal, você acertou. Caso também tenha associado o cálice aos cruzados e irmandades, parabéns. Você acertou de novo.
Pois, basicamente, é sobre isso que essa graphic novel retrata: a eterna (e já possuidora de milhares de versões) busca pelo cálice onde o sangue do Cristo crucificado foi coletado.
Só para citar, eis duas obras que tem na trama a presença do Graal: Camelot 3000 e Indiana Jones e a última cruzada.
Bem, se a trama é manjada, qual o propósito desta resenha? Evidenciar o óbvio não é mérito quando a análise de uma obra é feita. Assim, acalmo os atentos leitores e digo "Há méritos em O Cálice".
Primeiro, as ilustrações são muito bonitas. Há traços de arte contemporânea - algo próximo a Andy Warhol - com pinturas clássicas. Durante toda a história é possível ver o talento de John Van Fleet em cada cena retratada. O ponto alto desta arte está nas expressões faciais e na beleza das mulheres sobre as quais falarei mais adiante.
Outro ponto bem bacana, desta vez no roteiro, é a presença de vários personagens do universo do Morcego. Mesmo com passagens breves, pude perceber que há propósito nas aparições. Chuck Dixon conseguiu conciliar a presença deles com o fio condutor da trama, neste caso a busca pelo Graal, ou melhor, a tomada do cálice sagrado, já que bem cedo o autor revela sua localização... e seu protetor.

Mulheres...

Como disse antes, um dos pontos visuais em destaque é a caracterização das mulheres. Sensuais ao extremo e com faces que lembram anjos, Van Fleet deu a essas mulheres um ar que há muito não se vê nos quadrinhos. Elas são sensuais, sexy e atraentes, porém a vulgaridade passa longe. Mesmo a Mulher-Gato, com o corpo de uma mulher de pouco mais de 21 anos consegue atrair a atenção sem se valer do visual "profissional do sexo", já que sua aparência é bem próxima àquela vista no seriado do Batman da década de 1960, onde  Julie Newmar deu vida à ladra.

Outros coadjuvantes. 

Não vou entregar o fim da história, mas não há realmente algo muito impactante a ponto de transformar essa trama em algo marcante, ao contrário do que ocorreu em A Piada Mortal, por exemplo.
Entretanto, muitos personagens aparecem para dar um ar mais interessante a esta graphic novel. Alfred, Pinguim, Gordon, Selina Kyle, Talia, Ra´s, Duas-Caras... e um sujeito que é o mais coadjuvante entre todos e, ainda assim, o mais importante. 
Enfim, a leitura é mais uma peça no complexo universo do Batman e serve para dar uma visão mais clara de alguns personagens que, infelizmente, são postos de lado, como é o caso de Ra´s e do Pinguim. A abordagem mais séria e menos caricata dá uma certa credibilidade ao que lemos. Unindo a arte belíssima ao roteiro simples, porém sério, posso recomendar esta HQ aos fãs do Batman. A simplicidade funcionou bem aqui...


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