Por: Franz Lima
Muitas séries foram interrompidas após a apresentação de seu episódio piloto. Honestamente, espero que Lúcifer não seja cancelada pois apresenta muito de sua fonte de inspiração - no caso as histórias em quadrinhos do selo Vertigo -, ainda que haja diferenças que agradarão ao público que não conhece a trama original e, em contrapartida, trarão uma leve desconfiança para os leitores das revistas.
Ao final do post deixei um link para que leiam todas as edições das Graphics Novels em português. Espero que curtam!
Muitas séries foram interrompidas após a apresentação de seu episódio piloto. Honestamente, espero que Lúcifer não seja cancelada pois apresenta muito de sua fonte de inspiração - no caso as histórias em quadrinhos do selo Vertigo -, ainda que haja diferenças que agradarão ao público que não conhece a trama original e, em contrapartida, trarão uma leve desconfiança para os leitores das revistas.
Ao final do post deixei um link para que leiam todas as edições das Graphics Novels em português. Espero que curtam!
Lúcifer segue a mesma premissa das graphics novels onde o Diabo resolve abandonar o inferno para viver e conviver conosco, os humanos, na Terra, longe das obrigações impostas a ele por Deus. Uma das ironias da trama está na localização do lugar que ele escolhe para morar: Los Angeles, a cidade dos anjos.
Vivendo como um humano "normal", Lúcifer (Tom Ellis) gerencia uma boate que tem um seleto grupo de frequentadores. Tal como nas HQ, a boate foi nomeada como Lux (luz em latim) e é o palco da primeira cena de ação que irá colocar o protagonista em rota de colisão com a detetive Chloe (Lauren German). Na Lux também ocorre a primeira aparição de Amenadiel (um enviado de Deus interpretado por D. B. Woodside). O ódio entre o anjo e o Portador da Luz é facilmente percebido pelo espectador.
O episódio piloto mostra um Lúcifer mais ameno, com sotaque britânico e sedutor, algo pouco visto nas edições que li. Em contrapartida é mantido seu poder de influência, a força e a "honra" que só o próprio dono do inferno teria.
Pequenas nuances entre a série de TV e as graphic novels.
Mazikeen é a guarda-costas do Diabo. Ela é retratada de forma diferente dos quadrinhos, incluindo a grafia do nome, Maze, que indica uma abreviatura ou apelido. Interpretada por Lesley-Ann Brandt, a personagem tem um comportamento menos soturno que a versão dos quadrinhos e, até o momento, não apareceu com a máscara.
Sua participação no primeiro episódio foi pequena, impossibilitando identificar maiores traços em comum com sua versão quadrinizada.
A ambientação, como dito no início, está bem próxima da que existe nas HQ, porém ainda não foi possível ver todo o potencial sombrio da história se compararmos com a narrativa original.
Uma pequena parcela dos poderes do protagonista foi mostrada no episódio piloto, mas, se você é um leitor das graphics sabe que os "truques" do Senhor do Inferno são inúmeros.
Lúcifer está na Terra após abandonar, literalmente, seu posto no Inferno. Para simbolizar sua saída, nas HQ, ele pede a Morpheus (o Sandman) que o ajude a arrancar suas asas. Mais do que um ato brutal, isso é uma afronta direta a Deus, um recado para evidenciar que o abandono de sua função não terá retorno.
Como podem ver, se o Sandman apareceu, então a probabilidade de termos a presença dos Perpétuos é enorme, incluindo a própria Morte.
A menos que eu esteja muito equivocado, há um grande potencial de surgir uma nova série com os próprios Perpétuos, isso no caso de ocorrer o sucesso de Lúcifer.
As histórias envolvendo as hostes celestiais e os demônios que vivem na Terra também podem render ótimos episódios, porém eu espero que o tom da série fique mais sombrio, mais próximo do que lemos nos quadrinhos.
Outro ponto positivo em Lúcifer está nos criadores deste universo: Sam Kieth, Mike Dringenberg e Neil Gaiman. A simples menção do nome de Gaiman já indica o potencial criativo das tramas. Óbvio que a censura imposta pelos produtores e o próprio tom mais ameno do episódio piloto podem ser indícios de que minhas esperanças são vãs.
Lúcifer é uma boa pedida para os fãs de Gaiman e das nuances de suas histórias. Caso a série siga os mesmos moldes das HQ, teremos um sucesso avassalador. Mas se os produtores não optarem pelo tom extremamente sombrio, algo que parece que não ocorrerá, ao menos será possível curtir uma trama divertida, com tons fortes de humor negro e uma ironia incrível.
Como ainda há muito a ser mostrado, não há como julgar plenamente a série, mas é nítido que o potencial, caso sigam o mínimo dos quadrinhos, é gigantesco. Que Lúcifer, literalmente, ganhe asas!
Aproveitem e leiam as histórias publicadas no Brasil através da HQ Online. Divirtam-se e não se esqueçam de curtir a fanpage do Apogeu do Abismo.
A ambientação, como dito no início, está bem próxima da que existe nas HQ, porém ainda não foi possível ver todo o potencial sombrio da história se compararmos com a narrativa original.
Uma pequena parcela dos poderes do protagonista foi mostrada no episódio piloto, mas, se você é um leitor das graphics sabe que os "truques" do Senhor do Inferno são inúmeros.
O que esperar no futuro?
Lúcifer está na Terra após abandonar, literalmente, seu posto no Inferno. Para simbolizar sua saída, nas HQ, ele pede a Morpheus (o Sandman) que o ajude a arrancar suas asas. Mais do que um ato brutal, isso é uma afronta direta a Deus, um recado para evidenciar que o abandono de sua função não terá retorno.
Como podem ver, se o Sandman apareceu, então a probabilidade de termos a presença dos Perpétuos é enorme, incluindo a própria Morte.
A menos que eu esteja muito equivocado, há um grande potencial de surgir uma nova série com os próprios Perpétuos, isso no caso de ocorrer o sucesso de Lúcifer.
As histórias envolvendo as hostes celestiais e os demônios que vivem na Terra também podem render ótimos episódios, porém eu espero que o tom da série fique mais sombrio, mais próximo do que lemos nos quadrinhos.
Outro ponto positivo em Lúcifer está nos criadores deste universo: Sam Kieth, Mike Dringenberg e Neil Gaiman. A simples menção do nome de Gaiman já indica o potencial criativo das tramas. Óbvio que a censura imposta pelos produtores e o próprio tom mais ameno do episódio piloto podem ser indícios de que minhas esperanças são vãs.
Conclusão
Lúcifer é uma boa pedida para os fãs de Gaiman e das nuances de suas histórias. Caso a série siga os mesmos moldes das HQ, teremos um sucesso avassalador. Mas se os produtores não optarem pelo tom extremamente sombrio, algo que parece que não ocorrerá, ao menos será possível curtir uma trama divertida, com tons fortes de humor negro e uma ironia incrível.
Como ainda há muito a ser mostrado, não há como julgar plenamente a série, mas é nítido que o potencial, caso sigam o mínimo dos quadrinhos, é gigantesco. Que Lúcifer, literalmente, ganhe asas!
Aproveitem e leiam as histórias publicadas no Brasil através da HQ Online. Divirtam-se e não se esqueçam de curtir a fanpage do Apogeu do Abismo.
Comentários
Postar um comentário