Escritor Douglas Adams morreu em 2001, mas sua série “O Mochileiro das Galáxias” ganha mais um capítulo; veja outros exemplos
Eoin Colfer |
Publicado originalmente em 1979, “O Guia do Mochileiro das Galáxias”,
do autor britânico Douglas Adams, tornou-se um cult ao desenrolar uma
história de ficção científica sem poupar doses de humor. Cinco livros da
série foram publicados até 1991.
Adams morreu aos 49 anos, em 2001 (vítima de um infarto). A sua morte
não significou o fim da saga. “E Tem Outra Coisa…”, o sexto volume de
“O Mochileiro das Galáxias”, acaba de ser lançado no Brasil pelas
editoras Arqueiro e Galera.
Douglas Adams |
Inicialmente, a ideia de Colfer foi tratada com ceticismo. Mas a
tarefa deu certo, e o livro recebeu críticas entusiasmadas de críticos
de jornais como os britânicos “Guardian” e “Times”.
Dar continuidade à obra de um autor morto pode ser considerado uma heresia literária, mas não é algo tão incomum.
Com o sucesso da trilogia “O Senhor dos Anéis” nos cinemas, o
interesse pelos livros do autor de fantasia JRR Tolkien cresceu. Porém,
nem todas as obras publicadas foram escritas exclusivamente por ele.
Christopher Tolkien |
Outro escritor que pode ter a obra continuada após sua morte é o sueco Stieg Larsson, autor da série “Millennium”. O sucesso dos livros, em especial “Os Homens que Não Amavam as Mulheres”, que ganha em 2012 sua segunda versão para o cinema, serviram de estímulo para que a mulher de Larsson, Eva Gabrielsson, declarasse querer publicar uma quarta parte.
Stieg Larsson |
A viúva do escritor português José Saramago, Pilar del Río, anunciou
que em 2012 o romance inacabado “Alabardas, alabardas! Espingardas,
espingardas!”, deixado pelo Nobel, será publicado da maneira como está.
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Hum, não sei qual minha opinião a respeito disso =/
ResponderExcluirAcho normal criar extras após a morte do autor, é até uma homenagem, mas uma continuação.. sei não.
http://amorporclassico.blogspot.com
Admiro as obras feitas por fãs e respeito o desejo dos leitores de ter as "vidas" de seus personagens continuadas. Mas alguns tentam se aproveitar da lacuna criada pela morte de um autor para, em função de seu sucesso, publicar algo similar ou um material que o escritor não gostaria de ver publicado quando vivo, o que parece ser um ato de desrespeito.
ResponderExcluirNo caso de Douglas Adams, o que contou foi a legião de fãs do autor, ou melhor dizendo, da série e dos personagens. Os inúmeros órfãos estavam saudosos de seus heróis preferidos e escolheram Eoin Colfer para dar vida novamente a quem eles amam. O tempo dirá se eles estavam corretos...