Debruçar-se sobre livros é regra para quem deseja estudar um
conteúdo histórico. Contudo a tarefa não precisa se restringir a livros
didáticos e apostilas escolares. O professor de História Cristiano
Catarin explica que a leitura de romances é um ótimo aliado para os
alunos, que podem entender melhor o contexto da época estudada de uma
forma agradável. "Os romances também são importantes fontes para estudar
e investigar a História, desde que sejam tratados com critério e não
considerados, pelos alunos, professores e pelos próprios historiadores,
como recurso exclusivo", afirma ele, que também é criador do blog História para Estudantes.
O professor da rede pública de São Paulo considera a literatura
uma boa alternativa para atrair os estudantes a visitar o cotidiano de
personagens não emblemáticos ou popularizados pelas publicações
didáticas mais específicas. De acordo com ele, o nazismo é tema de um
vasto número de títulos. Confira algumas dicas de livros sobre esse
período da história que podem ocupar aquele espaço vazio na sua
cabeceira:
A Menina que Roubava Livros
Publicado em 2006 pelo australiano Markus Zusak, o livro conta a história de uma garota que fora adotada em 1939 por uma família alemã que residia na cidade de Molching, na Alemanha, antes de ser atingida pelos horrores da guerra. Neste contexto, a menina Liesel procura entender, dentre outras questões, a presença de um homem judeu que vivia escondido no porão da casa.
Publicado em 2006 pelo australiano Markus Zusak, o livro conta a história de uma garota que fora adotada em 1939 por uma família alemã que residia na cidade de Molching, na Alemanha, antes de ser atingida pelos horrores da guerra. Neste contexto, a menina Liesel procura entender, dentre outras questões, a presença de um homem judeu que vivia escondido no porão da casa.
Para o professor Cristiano Catarin, o romance é importante pois
revela que nem todos os alemães eram a favor do movimento nazista. Além
disso, a partir do olhar de Liesel, o leitor consegue compreender o
cotidiano de uma família que era contra o nazismo e a vida de uma pessoa
pertencente a uma etnia que fora terrivelmente perseguida pelo sistema.
"Esses aspectos contribuem para a assimilação dos estudos históricos
desta temática", diz o professor. Para fugir de uma realidade sofrida e
cheia de bombardeios, Liesel busca refúgio na leitura, e é a partir daí
que ela começa a roubar livros.
1984
Apesar de não falar do nazismo diretamente, o professor Catarin considera o romance de George Orwell como uma boa metáfora para os estudantes entenderam como funcionava a dominação do governo no período nazista. O livro conta a história de Winston Smith, um membro do partido totalitário IngSoc que tomou o poder da Oceania (país criado pelo autor) a partir da figura do Grande Irmão (Big Brother), personalidade maior do partido político.
Apesar de não falar do nazismo diretamente, o professor Catarin considera o romance de George Orwell como uma boa metáfora para os estudantes entenderam como funcionava a dominação do governo no período nazista. O livro conta a história de Winston Smith, um membro do partido totalitário IngSoc que tomou o poder da Oceania (país criado pelo autor) a partir da figura do Grande Irmão (Big Brother), personalidade maior do partido político.
O trabalho de Winston como funcionário do Ministério da Verdade é
reescrever e alterar dados históricos de acordo com o interesse do
partido. Dessa forma, o Grande Irmão conseguia manipular o pensamento do
povo, fazendo-o odiar o inimigo que o partido quisesse. "O autor também
retrata o pessimismo contido na humanidade do pós-guerra", destaca
Catarin.
A Estrada de Flandres
Publicado pela primeira vez em 1961, o autor Claude Simon aborda em seu
romance a morte de um aristocrata e capitão da cavalaria na Segunda
Guerra Mundial. O Capitão de Cavalaria De Reixach foi morto por um
atirador alemão na Estrada de Flandres. Antes, indiferente ao perigo que
o cercava, o capitão seguia passo a passo com o que restava de sua
tropa: ele, um suboficial, o ordenança e um cavalariano, narrador deste
romance.
Para o professor, o romance é uma ótima leitura, pois mostra a
derrota da França pelos nazistas em 1940. "A obra considera ainda
concepções e perspectivas sobre o suicídio, o morrer, o criar, o
procriar, a memória, etc. Algo denominado pelo autor como aprendendo a
viver e aprendendo a morrer", afirma.
O Menino do Pijama Listrado
Do autor John Boyne, o livro mostra a história de uma família nazista sobre a perspectiva de um menino de 9 anos, Bruno. Filho de um oficial nazista, Bruno não sabe nada sobre o Holocausto, apenas lamenta que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa de Berlim e mudar-se para uma região isolada (onde seu pai podia controlar um campo de concentração). Da janela do seu quarto, o menino conseguia ver uma cerca, onde viviam centenas de pessoas vestindo sempre uniforme. Ao ir até lá escondido, Bruno começa uma amizade com um menino "de pijama listrado".
Do autor John Boyne, o livro mostra a história de uma família nazista sobre a perspectiva de um menino de 9 anos, Bruno. Filho de um oficial nazista, Bruno não sabe nada sobre o Holocausto, apenas lamenta que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa de Berlim e mudar-se para uma região isolada (onde seu pai podia controlar um campo de concentração). Da janela do seu quarto, o menino conseguia ver uma cerca, onde viviam centenas de pessoas vestindo sempre uniforme. Ao ir até lá escondido, Bruno começa uma amizade com um menino "de pijama listrado".
Ao mesmo tempo em que mostra a vida da família do oficial
nazista, o romance narra as descobertas de uma criança sobre os horrores
da guerra. O sucesso do livro foi tanto que a história saiu das páginas
e foi parar nas telas: o livro foi adaptado para o cinema pelo diretor
Mark Herman, em 2008.
O Diário de Anne Frank
O livro não é ficção, e sim um pedaço da realidade judaica em tempos de guerra. Escondida com sua família e outros judeus em um porão em Amsterdam durante a ocupação nazista nos Países Baixos, Anne Frank conta em seu diário a vida deste grupo de pessoas. Pelo olhar dessa menina de 13 anos, o leitor consegue entender os anseios de um judeu durante a Segunda Guerra Mundial.
O livro não é ficção, e sim um pedaço da realidade judaica em tempos de guerra. Escondida com sua família e outros judeus em um porão em Amsterdam durante a ocupação nazista nos Países Baixos, Anne Frank conta em seu diário a vida deste grupo de pessoas. Pelo olhar dessa menina de 13 anos, o leitor consegue entender os anseios de um judeu durante a Segunda Guerra Mundial.
O esconderijo foi descoberto em 1944, e Anne Frank morreu em um
campo de concentração. Otto Frank, seu pai e único sobrevivente da
família, publicou o diário da filha em 1947.
Fonte: Terra.com & Livros e Pessoas
Relembro que estes livros são apenas o início de um estudo sobre o nazismo, sendo quase todos ficção, ainda que com conteúdo. Caso queira um aprofundamento maior, procure obras de Eric Hobsbawn, Leon Goldensohn – As entrevistas de Nuremberg e outros títulos do gênero, preferencialmente escritos por historiadores. Nas HQ, Maus é um ótimo exemplo de história em quadrinhos com boa base histórica. Além disso, para os usuários de TV paga, há o canal History. Contudo, lembre-se que os melhores materiais são os produzidos por profissionais da área de História, pois os livros citados são uma forma de incentivar a pesquisa.
Good day I am so thrilled I found your weblog, I really found you by accident, while I was looking on Yahoo for something else, Regardless I
ResponderExcluiram here now and would just like to say kudos for a
remarkable post and a all round entertaining blog (I also love the theme/design), I don’t have
time to go through it all at the moment but I have saved it and also added
in your RSS feeds, so when I have time I will be back to
read a great deal more, Please do keep up the great work.
My blog post: Louis Vuitton Outlet Store
Thanks for the words and support. I hope to be worthy of them ...
Excluir