Fonte: Itáu Cultural
O programa Ocupação chega à sua 12ª edição desnudando o universo do cartunista Angeli. A mostra, em cartaz no Itaú Cultural de 16 de março a 29 de abril, apresenta 880 obras assinadas pelo artista, sendo 80 originais, e cerca de 20 fotos de arquivo pessoal, incluindo retratos de infância e adolescência.
A Ocupação tem por característica destacar elementos do processo criativo de artistas considerados ícones em sua área de expressão. Nesta edição, com curadoria da arquiteta e designer gráfica Carolina Guaycuru, parte do ambiente de trabalho do cartunista é recriado no espaço expositivo, projetado pela cenógrafa e também arquiteta Patrícia Rabbat.
Com uma produção múltipla e significativa, o cartunista é conhecido por ironizar a vida cotidiana da metrópole, seja ao criar personagens controversos em tirinhas, seja ao emprestar seu humor ácido a charges políticas, ao editar a já extinta revista Chiclete com Banana ou ao se autocriticar numa série de caricaturas na qual é personagem de si mesmo.
Entre as curiosidades da Ocupação Angeli, destaque para a exibição de dois sets restaurados das filmagens de Dossiê Rê Bordosa, curta dirigido por Cesar Cabral com bonecos animados. Um vídeo especialmente produzido para a exposição traz uma entrevista na qual o artista conta fatos marcantes de sua trajetória entre 1970 e 2000, relacionados à música, expressão fundamental em sua obra. Quem assina esse trabalho é o produtor musical, sonoplasta e artista gráfico Pedro Angeli, seu filho.
No dia da abertura da mostra, entra no ar um hotsite especial para a Ocupação Angeli, com parte do material da exposição e conteúdo exclusivo.
O programa Ocupação chega à sua 12ª edição desnudando o universo do cartunista Angeli. A mostra, em cartaz no Itaú Cultural de 16 de março a 29 de abril, apresenta 880 obras assinadas pelo artista, sendo 80 originais, e cerca de 20 fotos de arquivo pessoal, incluindo retratos de infância e adolescência.
A Ocupação tem por característica destacar elementos do processo criativo de artistas considerados ícones em sua área de expressão. Nesta edição, com curadoria da arquiteta e designer gráfica Carolina Guaycuru, parte do ambiente de trabalho do cartunista é recriado no espaço expositivo, projetado pela cenógrafa e também arquiteta Patrícia Rabbat.
Com uma produção múltipla e significativa, o cartunista é conhecido por ironizar a vida cotidiana da metrópole, seja ao criar personagens controversos em tirinhas, seja ao emprestar seu humor ácido a charges políticas, ao editar a já extinta revista Chiclete com Banana ou ao se autocriticar numa série de caricaturas na qual é personagem de si mesmo.
Entre as curiosidades da Ocupação Angeli, destaque para a exibição de dois sets restaurados das filmagens de Dossiê Rê Bordosa, curta dirigido por Cesar Cabral com bonecos animados. Um vídeo especialmente produzido para a exposição traz uma entrevista na qual o artista conta fatos marcantes de sua trajetória entre 1970 e 2000, relacionados à música, expressão fundamental em sua obra. Quem assina esse trabalho é o produtor musical, sonoplasta e artista gráfico Pedro Angeli, seu filho.
No dia da abertura da mostra, entra no ar um hotsite especial para a Ocupação Angeli, com parte do material da exposição e conteúdo exclusivo.
Ocupação Angeli - Entrada franca
De 16 março a 29 abrilterça a sexta 9h às 20h
sábado domingo feriado 11h às 20h
[indicado para todas as idades, exceto a sala com conteúdo impróprio, indicada para maiores de 16 anos]
Itaú Cultural | Avenida Paulista 149 – Paraíso – São Paulo SP [próximo à Estação Brigadeiro do Metrô]
informações: (11) 2168-1777 | youtube.com/itaucultural | twitter.com/itaucultural | facebook.com/itaucultural | atendimento@itaucultural.org.br
sábado domingo feriado 11h às 20h
[indicado para todas as idades, exceto a sala com conteúdo impróprio, indicada para maiores de 16 anos]
Itaú Cultural | Avenida Paulista 149 – Paraíso – São Paulo SP [próximo à Estação Brigadeiro do Metrô]
informações: (11) 2168-1777 | youtube.com/itaucultural | twitter.com/itaucultural | facebook.com/itaucultural | atendimento@itaucultural.org.br
Saiba um pouco mais sobre Angeli:
BiografiaArnaldo Angeli Filho (São Paulo SP 1956). Cartunista e chargista. Aos 14 anos, Angeli publica seu primeiro desenho na revista Senhor. Autodidata, aprende a desenhar copiando os trabalhos de Millôr Fernandes (1923), Jaguar (1932) e Ziraldo (1932). Seu trabalho tem influência dos cartuns underground do norte-americano Robert Crumb (1943). No jornal Folha de S. Paulo,
publica charges, a partir de 1973, e, desde 1983, tiras diárias em que
cria personagens que retratam tipos urbanos, com destaque para Rê Bordosa, Bob Cuspe e os velhos hippies Wood & Stock. Na década de 1980, publica, pela editora Circo, a revista Chiclete com Banana, que lança novo elenco de personagens de sua autoria, como Walter Ego, Rigapov, Rhalah Rikota, Bibelô, Meiaoito e Nanico, Ritchi Pareide, Aderbal e Os Skrotinhos. Com Laerte (1951) e Glauco (1957-2010) cria a série Los Três Amigos, também publicada em Chiclete com Banana. Em 1983, ilustra o livro da historiadora Lilia Moritz Schwartz, República Vou Ver!. Em 1995, publica FHC: Biografia Não Autorizada,
pela Editora Ensaio, coletânea de charges produzidas durante o governo
do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1931). Para a TV, Angeli
produz esquetes e roteiros, atuando junto às equipes dos programas TV Colosso e Sai de Baixo, ambos da Rede Globo. Com base em seu trabalho, o diretor Otto Guerra lança, em 2006, o longa-metragem de animação Wood & Stock - Sexo, Orégano e Rock'n Roll.
Em 2008, é um dos homenageados no 1º Festival Internacional de Humor do
Rio de Janeiro, que apresenta Angeli/Genial, uma mostra retrospectiva
da produção do cartunista. Também nesse ano, é lançado o curta-metragem
de animação Dossiê Rê Bordosa, dirigido por César Cabral e baseado na personagem criada por Angeli. Seus desenhos estão incluídos na Enciclopédia del Humor Latino Americano, da Colômbia, na Antologia de Humor Brasileiro e no Museu do Cartum e Caricatura de Basiléia, Suíça. Atualmente, desenha para a Folha de S. Paulo e para o seu site no portal Universo On-line, com destaque para as tiras Let´s Talk About Sex, Luke e Tantra e, na "net-novela" A Morta Viva, Rê Bordosa.
Comentário Crítico
Angeli desenha desde criança. Na adolescência, conhece o periódico O Pasquim e se interessa pelos cartuns de Millôr Fernandes, Jaguar e Ziraldo. Ele confessa que começou copiando o trabalho desses desenhistas. Na mesma época conhece quadrinistas como Robert Crumb, Wolinski (1934) e Jean Marc Reiser (1941-1983), que o influenciam profundamente. Com 14 anos de idade, publica seu primeiro desenho, na revista Senhor. Em 1973, inaugura o espaço de charge política no jornal Folha de S. Paulo, em que permanece até 1982. Nesse intervalo colabora também com os periódicos Movimento, Versus e O Pasquim. Em 1975, fica em segundo lugar no 2º Salão Internacional de Humor de Piracicaba.
Angeli desenha desde criança. Na adolescência, conhece o periódico O Pasquim e se interessa pelos cartuns de Millôr Fernandes, Jaguar e Ziraldo. Ele confessa que começou copiando o trabalho desses desenhistas. Na mesma época conhece quadrinistas como Robert Crumb, Wolinski (1934) e Jean Marc Reiser (1941-1983), que o influenciam profundamente. Com 14 anos de idade, publica seu primeiro desenho, na revista Senhor. Em 1973, inaugura o espaço de charge política no jornal Folha de S. Paulo, em que permanece até 1982. Nesse intervalo colabora também com os periódicos Movimento, Versus e O Pasquim. Em 1975, fica em segundo lugar no 2º Salão Internacional de Humor de Piracicaba.
Em 1983, abandona a charge para se dedicar às histórias em quadrinhos. Na Folha de S. Paulo,
deixa o caderno de política e passa para a Ilustrada, caderno de
cultura, em que publica tiras de seus personagens ao lado de
quadrinistas estrangeiros. Pouco depois, com o editor Toninho Mendes,
funda a Editora Circo, destinada a quadrinhos adultos, sobretudo de
autores brasileiros. Em 1984, a Circo lança o livro, Chiclete com Banana,
reunindo as tiras de Angeli com alguns tipos urbanos criados para o
jornal. O sucesso da publicação leva a editora a criar uma revista
bimestral homônima, e, o primeiro exemplar vai para as bancas em 1985.
Angeli cria tiras e
histórias em quadrinhos, com narrativas de situações tipicamente
paulistanas, da boêmia e da vida cotidiana. Surgem aí personagens como Tudoblue e Moçamba, Mara Tara, Wood & Stock, Rê Bordosa, Bob Cuspe, Meia-Oito e Nanico, Bibelô e Os Skrotinhos.
Sua produção se afasta do tom politizado de suas charges e reencontra
as influências do underground das décadas de 1960 e 1970, com abordagem
ácida à crítica de costumes. Seu traço se torna mais sujo, aproximando-o
de quadrinistas como o francês Vuilleimin (1958).
Na década de 1990, Angeli retorna à charge política na Folha de S. Paulo. Em 1995, a Editora Ensaio reúne algumas de suas tiras no volume FHC: Biografia Não Autorizada. O cartunista publica tiras diárias na Folha de S. Paulo e em mais 15 jornais brasileiros, e no Diário de Notícias,
de Lisboa. Seu trabalho ganha cor. Além de charges e tiras, publica
ilustrações, menos narrativas que os desenhos anteriores. Algumas das
tiras desse período são reunidas nas coletâneas Wood & Stock, Sexo É uma Coisa Suja, Luke e Tantra e Os Skrotinhos, lançadas pela Editora Devir.
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