Continuação da saga do agente do serviço secreto americano Scot
Harvath retratada em seu livro anterior “O primeiro mandamento”,
Brad Thor o coloca, junto com sua namorada Tracy Hasting, no centro
da capital francesa quando, devido ao seu treinamento, percebe um furto
de veículo fora do comum. Embora não queira se envolver, acaba se
lançando numa caçada humana intercontinental permeada de atentados
terroristas e assassinatos.
Tendo como palco os bastidores da guerra contra o terrorismo, o
autor tece uma trama muito bem arquitetada envolvendo o serviço
secreto, a CIA e algumas organizações que atuam nos Estados Unidos
que oficialmente existem para acabar com o preconceito dos americanos
contra os muçulmanos, mas extra oficialmente tentam impor sua
religião extremista no âmago daquele país.
Embora Glenn Beck tenha afirmado na contra capa que “este livro é
para o Islã o que o ‘Código Da Vinci’ foi para a Igreja
Católica”, há uma diferença fundamental entre esta obra e a obra
de Dan Brown. Este autor encerra o livro declarando que todos os
fatos são fictícios enquanto o último afirma que são verdadeiros.
Mas o midiático americano Sr. Beck acertou numa coisa: É “um
Thriller arrebatador”. Poderia ter acrescentado: do começo ao fim.
Apesar de baseados em fatos irreais, o livro faz uma crítica
perspicaz a respeito do limite da tolerância religiosa, sob o pálio
do politicamente correto e do respeito à diversidade cultural, em
detrimento à própria cultura, crença e segurança nacionais.
Alerta para o perigo embutido no Islã, que é uma religião
dividida em si mesma, tendo uma vertente pacifista e outra radical,
extremista, assassina e terrorista.
A história se desenrola em torno que uma última revelação do
profeta Maomé, ou Muhammad, que haveria recebido não por intermédio
do arcanjo Gabriel, mas do próprio Alá. Nessa revelação, Alá
haveria ordenado aos muçulmanos para se absterem da violência e
buscarem viver em paz com os judeus e cristãos. Essa revelação
revogaria as determinações extremistas anteriores e daria aos
muçulmanos pacifistas todos os argumentos para extirpar o
terrorismo. Como teria desagradado os seguidores de Maomé, estes o
teriam envenenado para silenciá-lo, mas a revelação sobreviveu
graças ao escriba de confiança do profeta que a teria escondido.
Brad Thor |
A tarefa não é fácil, posto que são a todo o tempo perseguidos
por um perigoso assassino profissional convertido ao Islã e a mando
de organizações terroristas.
A cartada final do livro é dada pelo personagem mais improvável de
todos e as últimas duas linhas são tão reveladoras e causam
tamanha reviravolta na conclusão da trama que o leitor, assim como
eu, lerá os agradecimentos do autor tentando descobrir algo mais
sobre o que aconteceu depois.
A frase em destaque na capa do livro já é um tremendo marketing ("Este livro é para o Islã o que O Código da Vinci foi para a Igreja católica"), mas eu sou desconfiado dessas frases ditas ao vento, só costumo confiar quando realmente foi dita por um escritor que já conheça e aprecie o trabalho.
ResponderExcluirA minha preocupação em pegar um livro assim é ter uma visão americanizada demais também, pois se o Islã é radical com os atentados terroristas, os EUA também não são anjos, muito pelo contrário, criam até motivos para guerras.
Uma dúvida que me ficou é: Esse livro faz parte da saga de um personagem, mas pode ser lido independentemente? Ele é coerente se lido sozinho? De acordo com a resenha, o livro tem bastante ação, prefiro os livros com um suspense de tom mais sombrio, mas não dispensaria uma ação bem escrita.
Brother, o autor da resenha garantiu que não há necessidade da leitura do livro anterior. Ele também informou que há coerência e fluência na trama, prendendo o leitor do início ao fim.
ExcluirQuanto à ação, também obtive boas referências.
Espero que goste da leitura...