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Polemizar para voltar a vender: o caso Hello Kitty


Vamos analisar friamente o último episódio envolvendo um desenho animado, a Hello Kitty. Não sei dizer o que deu na mente da empresa que gerencia a personagem. Líder em vendas, porém competindo com inúmeros novos personagens e marcas, a Sanrio optou por polemizar (sim, eu acredito que foi proposital) ao afirmar que ela era uma menina, não uma gata.
Entretanto a empresa errou ao descartar ou desconsiderar as reações do fãs. A notícia vagou pelo mundo e trouxe "revolta" dos adoradores mais exaltados que cobraram uma explicação decente à empresa. Resultado final: a Sanrio retirou a afirmação e a gatinha voltou a ser o que todos sempre imaginaram, um felino.
Abaixo eu anexei um trecho de uma matéria da Veja onde eles clareiam a história que, obviamente, alavancou novamente as vendas e a curiosidade dos que ainda não conheciam essa clássica personagem da cultura pop.

A complexa identidade de Hello Kitty parece ter confundido a cabeça da sua especialista -- ou tudo não passou de uma espécie de telefone sem fio entre a Sanrio e a antropóloga. A confusão teria acontecido depois de a empresa explicar a Christine que Hello Kitty é uma gata com características humanas. Como se a Disney avisasse que Mickey Mouse é um rato que anda e fala como um homem. “Hello Kitty é uma caricatura. É uma garotinha, uma amiga. Mas não uma gata. Ela anda e senta como um ser bípede”, dizia o recado da marca à pesquisadora.
Outra razão para o desentendimento é a cultura japonesa. No site oficial de Hello Kitty, ela é apresentada como uma “menina alegre”. No Japão, é comum que gatos sejam chamados de “meninas” ou “meninos” pelos donos, que consideram o animal de estimação como um membro da família. 


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