Pular para o conteúdo principal

Instituto Vladimir Herzog lança projeto de financiamento coletivo para história em quadrinhos sobre Vlado

Iniciativa prevê tradução e impressão de obra criada na Itália sobre a trajetória de Vladimir Herzog em paralelo às recentes manifestações populares no Brasil
No ano em que o assassinato do jornalista Vladimir Herzog por agentes da ditadura militar completa 40 anos, o Instituto Vladimir Herzog realiza uma série de atividades para relembrar essa data tão importante para a História do país. Um desses projetos consiste na tradução para o português e publicação de uma história em quadrinhos criada na Itália pelos artistas Ivan Grozny, Giovanni Battistin, Alberto Rizzi e Marco Bellotto. Os jornalistas italianos vieram ao Brasil para produzir reportagens sobre a Copa do Mundo, descobriram a história de Vlado e tiveram a iniciativa de transformá-la em quadrinhos.
A obra reconta a saga da família Herzog desde sua fuga da Croácia, passando pela Itália fascista durante a II Guerra Mundial e destaca a vida do jornalista e experiência profissional até sua morte pelos agentes da ditadura militar em 1975. Além disso, traça paralelos com as manifestações populares que tomaram as ruas do Brasil durante a Copa do Mundo em 2014, apresentando um olhar estrangeiro sobre o tema e uma reflexão sobre a importância do passado nos acontecimentos do futuro.
Por meio da história em quadrinhos será possível tornar a trajetória de Vlado ainda mais conhecida, de forma artística e inovadora, especialmente para crianças e jovens. O Instituto Vladimir Herzog realizará a doação de 300 unidades para escolas municipais de São Paulo, auxiliando os professores a abordarem o assunto de uma maneira diferente.

Financiamento coletivo
O financiamento coletivo (crowdfunding) consiste na obtenção de recursos de múltiplas fontes para a realização de projetos. Na página da iniciativa, qualquer pessoa pode contribuir com valores a partir de vinte reais e, além de receber as contrapartidas, que variam desde o nome na lista de agradecimentos até um exemplar de todos os lançamentos da Editora Instituto Vladimir Herzog, ajudar na luta pela dignidade humana, pela liberdade de expressão e pela democracia.
Para viabilizar o projeto, o Instituto Vladimir Herzog precisa arrecadar 30 mil reais. Desse valor, 34% serão destinados para a impressão, 10% para a tradução, 13% para a distribuição, 30% para taxas administrativas e os outros 13% correspondem ao valor cobrado pelo site Catarse para abrigar a página do projeto.
Saiba mais sobre o projeto e participe: www.catarse.me/vlado_hq

Sobre o Instituto Vladimir Herzog
Criado em 25 de Junho de 2009, o Instituto Vladimir Herzog tem a missão de contribuir para a reflexão e produção de informações que promovam os valores da democracia, liberdade de expressão, verdade e dignidade humana. Sua fundação se inspirou na trajetória de vida do jornalista Vladimir Herzog, assassinado em 1975 pela ditadura, bem como nos principais valores ligados a essa trajetória: democracia, liberdade e justiça social. Tendo como bandeira a frase de Herzog “Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados”, o Instituto é uma organização sem fins lucrativos, com neutralidade político-partidária.  Mais informações podem ser encontradas no endereço www.vladimirherzog.org

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Bethany Townsend, ex-modelo, expõe bolsa de colostomia de forma corajosa.

Bethany Townsend é uma ex-modelo inglesa que deseja, através de sua atitude, incentivar outras pessoas que sofrem do mesmo problema a não ter receio de se expor. Portadora de um problema que a atinge desde os três anos, Bethany faz uso das bolsas de colostomia  que são uma espécie de receptáculo externo conectado ao aparelho digestivo para recolher os dejetos corporais, e desejou mostrar publicamente sua condição.  Quero que outras pessoas não tenham vergonha de sua condição e é para isso que me expus , afirmou a ex-modelo. Bethany usa as bolsas desde 2010 e não há previsão para a remoção das mesmas.  Eu, pessoalmente, concordo com a atitude e respeito-a pela coragem e o exemplo que está dando. Não há outra opção para ela e isso irá forçá-la a viver escondida? Jamais... Veja o vídeo com o depoimento dela. Via BBC

Suzane Richthofen e a justiça cega

Por: Franz Lima .  Suzane von Richthofen é uma bactéria resistente e fatal. Suas ações foram assunto por meses, geraram documentários e programas de TV. A bela face mostrou ao mundo que o mal tem disfarces capazes de enganar e seduzir. Aos que possuem memória curta, basta dizer que ela arquitetou a morte dos pais, simulou pesar no velório, sempre com a intenção de herdar a fortuna dos pais, vítimas mortas durante o sono. Mas investigações provaram que ela, o namorado e o irmão deste foram os executores do casal indefeso. Condenados, eles foram postos na prisão. Fim? Não. No Brasil, não. Suzane recebeu a pena de reclusão em regime fechado. Mas, invariavelmente, a justiça tende a beneficiar o "bom comportamento" e outros itens atenuantes, levando a ré ao "merecido" regime semi-aberto. A verdade é que ela ficaria solta, livre para agir e viver. Uma pessoa que privou os próprios pais do direito à vida, uma assassina fria e cruel, estará convivendo conosco, c

Pioneiros e heróis do espaço: mortos em um balão

* Há exatamente 100 anos subir 7400 metros, num balão, era um feito memorável. Consagrados por isto, três franceses - Sivel, Crocé-Spinelli e Tassandier - resolveram tentar uma aventura ainda mais perigosa: ultrapassar os 8 mil metros de altitude. Uma temeridade, numa época em que não existiam os balões ou as máscaras de oxigênio e este elemento precioso era levado para o alto em bexigas de boi com bicos improvisados. Uma temeridade tão grande que dois dos pioneiros morreram. Com eles, desapareceu boa parte das técnicas de ascensão da época que só os dois conheciam. Texto de Jean Dalba Sivel No dia 20 de abril de 1875, mais ou menos 20 mil pessoas acompanhavam à sua última morada, no cemitério de Père-Lachaise, os despojos de Teodoro Sivel e de Eustáquio Crocé-Spinelli - os nomes, na época da produção do artigo, eram escritos em português para facilitar a leitura e "valorizar" nossa própria cultura. A grafia correta dos nomes é Théodore Sivel e Joseph Eustache Cr