Na Cemara Loteamentos, com sede em Americana, interior de São Paulo, as mulheres são maioria em praticamente todas as áreas da companhia. Entre os 100 postos de trabalho ofertados, cerca de 60 são ocupados por elas. Mas a predominância do público feminino não se resume aos cargos operacionais.
Entre 16 funções gerenciais existentes, nove são ocupadas por mulheres. Dentre as áreas que são chefiadas por elas estão: atendimento ao cliente, financeiro, suprimentos, vendas, marketing, qualidade, recursos humanos, arquitetura e urbanismo. Na companhia não há diferença de salários entre homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo.
“Mesmo sendo uma empresa de um segmento que costuma empregar muitos homens, o fundador sempre teve como política balancear os gêneros, o que continua sendo aplicado nas contratações nos dias de hoje. Achamos saudável este equilíbrio, pois o clima organizacional se mantém harmonizado”, comenta Eneida Ferreira Vindilino Lima, analista de recursos humanos sênior.
Mais do que a igualdade entre os direitos dos gêneros, estudo da “Corporate Woman Directors Internacional (CWDI)”, grupo de pesquisa americano, aponta que a evolução da rentabilidade e o sucesso financeiro das companhias estão correlacionados ao aumento da presença de mulheres em cargos de liderança – significa que elas fazem a diferença para os cofres das organizações. “A mulher tende a ser mais criativa, buscando soluções e alternativas diferentes, muitas vezes inovadoras, o que coaduna com as crenças da empresa”, comenta Marcos Dei Santi, diretor da Cemara.
Entretanto, o equilíbrio entre os gêneros no ambiente de trabalho ainda não é uma realidade entre grande parte das empresas brasileiras – principalmente quando falamos de cargos de alto escalão. De acordo com dados da pesquisa “Women in Business 2015”, da consultoria Grant Thornton, 57% das empresas no Brasil não têm mulheres em cargos de liderança – o País só fica atrás da Alemanha e Japão.
Em relação à América Latina, o otimismo é maior, a pesquisa da Corporate mostra que na região o Brasil é o segundo na lista com mais mulheres em cargos de direção.
Mães e profissionais
Segundo a Grant Thornton, a infraestrutura deficiente do Brasil faz com que o deslocamento da mulher seja exaustivo e, muitas vezes, imprevisível, o que torna a situação muito mais difícil, principalmente, para aquelas que têm filhos.
De olho nestes problemas que afligem, principalmente, as mamães, a Cemara reúne valores que ajudam muitas delas a se sentirem à vontade, até mesmo, para tomar a decisão de ter o primeiro filho. Lá pelo menos quatro mulheres engravidam todos os anos. “Nós focamos na flexibilidade de horário, para as mamães amamentarem, levarem ao pediatra e acompanharem as crianças nos primeiros anos de escola”, comenta Marcos Dei Santi, diretor da companhia.
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