Pular para o conteúdo principal

O retorno do Batman em “DK III - A Raça Superior” será outra catástrofe?


Por: Franz Lima. Curta nossa fanpage: Apogeu do Abismo. #apogeudoabismo.

Confesso, Cavaleiro das Trevas III – A Raça Superior, trouxe-me dias de apreensão. Claro, isso tudo foi motivado por Dark Knight II (DK II), a continuação da obra máxima de Frank Miller. DK II foi um fracasso de crítica por causa dos desenhos ruins, da colorização carnavalesca e do roteiro fraco. Verdade seja dita, eu achei que Miller e os demais criadores de DK III fossem simplesmente descartar a trama anterior.
Eu me enganei...
DK III dá continuidade a DK II. Elementos do segundo episódio do futuro alternativo (ou possível) do Batman estão presentes e aparentemente bem usados.

UM MOMENTO!!!! SPOILERS ADIANTE. PROSSIGA POR SUA CONTA E RISCO.


A Raça Superior (subtítulo muito apropriado) é uma narrativa cujo lado sombrio é tão tangível quanto o primeiro Dark Knight. O lado mais humorado foi descartado, algo que deu ânimo aos leitores e fãs do primeiro episódio. Entretanto, as revelações serão lentas e eu visualizo um caos indescritível para as próximas edições.
Logo de início nos deparamos com um ponto extremamente positivo: a união de Brian Azzarello e Frank Miller no roteiro. Lembro que a trama mais fraca em DK II se deu por termos apenas Miller nas rédeas do projeto. Apesar dos sucessos antigos, o autor passou por um período de produções muito fracas.

Voltando à análise da trama, constatei que Miller e Azzarello querem usar o suspense para impactar mais. Ao me deparar com um Batman sumido e um Superman em uma reclusão não justificada, vejo que o caos do primeiro DK tem tudo para ser ampliado nessa nova série.

Coadjuvantes

Átomo parece ser o mais protagonista dos coadjuvantes. Sua participação é de suma importância para o surgimento da "raça superior". Ao ler, entenderá.
A Mulher-Maravilha surge como a mãe de dois filhos do Superman. Um é só um bebê, mas há Lara, que surgiu a partir de DKII, cujo papel terá muito mais importância nesse terceiro volume de Cavaleiro das Trevas.
Gotham ainda é caótica. O crime e a corrupção, inclusive na polícia, são constantes. Lá, um Morcego voltou a circular pelas ruas, mais violento e misterioso. Gotham ainda segue sob a vigilância da comissária Yindel, cuja mente parece sentir a ausência do desafio de ser uma agente da lei em uma cidade dividida pelo crime e o medo imposto pelo Batman.
Há duas indicações da morte de Bruce, porém não acredito que isso perdurará. A volta do Batman e do Superman podem ser os prenúncios de um conflito que, suponho, irá unir novamente os Melhores do Mundo.

Homenagens

A simples aceitação do uso de elementos de DKII representa uma bela homenagem ao trabalho e talento de Frank Miller.
Outro ponto interessante está no uso de imagens que remetem ao primeiro Cavaleiro das Trevas de Miller. Há poucas cenas que são visivelmente inspiradas em "Batman: Ano Um". Parabéns a Andy Kubert pelo apuro nos desenhos e referências.

Novas linguagens

O uso de comunicação via redes sociais para narrar o início da história é genial e reflete uma dupla de roteiristas antenados com a realidade atual.
Fiquei surpreso pela presença de um encarte. Cavaleiro das Trevas apresenta: Átomo é uma trama interligada à principal, toda desenhada por Frank Miller. O encarte é menor no formato, algo que me desagradou. A história poderia vir como uma continuidade da revista principal, mas esse formatinho serve como um pretexto para a compra de um futuro encadernado - caríssimo - que englobe tudo.

Notas finais

O lançamento com capas variantes (quatro a cada edição) foi uma boa ideia. Eu optei por essa:


Minha escolha foi motiva por se tratar de uma versão de um dos melhores combate do primeiro DK (onde ele luta no esgoto contra o líder mutante). Há ainda a capa que abre esse post e as duas abaixo: 



O preço é justo e espero que não altere com as próximas edições (ainda está R$ 9,90). 
Parabéns pela arte-final de Klaus Janson e a colorização sóbria e bela de Brad Anderson.
Que tudo flua bem nesse ótimo ritmo. Nas próximas edições de Cavaleiro das Trevas III - A Raça Superior.

P.S.: eu vi ao final da leitura o que será a tal "raça superior". Achei previsível, mas com um potencial para a ação espetacular.
P.S.2:  o prazo entre uma edição e a seguinte está bem atrasado.
P.S.3: Who cares?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Bethany Townsend, ex-modelo, expõe bolsa de colostomia de forma corajosa.

Bethany Townsend é uma ex-modelo inglesa que deseja, através de sua atitude, incentivar outras pessoas que sofrem do mesmo problema a não ter receio de se expor. Portadora de um problema que a atinge desde os três anos, Bethany faz uso das bolsas de colostomia  que são uma espécie de receptáculo externo conectado ao aparelho digestivo para recolher os dejetos corporais, e desejou mostrar publicamente sua condição.  Quero que outras pessoas não tenham vergonha de sua condição e é para isso que me expus , afirmou a ex-modelo. Bethany usa as bolsas desde 2010 e não há previsão para a remoção das mesmas.  Eu, pessoalmente, concordo com a atitude e respeito-a pela coragem e o exemplo que está dando. Não há outra opção para ela e isso irá forçá-la a viver escondida? Jamais... Veja o vídeo com o depoimento dela. Via BBC

Suzane Richthofen e a justiça cega

Por: Franz Lima .  Suzane von Richthofen é uma bactéria resistente e fatal. Suas ações foram assunto por meses, geraram documentários e programas de TV. A bela face mostrou ao mundo que o mal tem disfarces capazes de enganar e seduzir. Aos que possuem memória curta, basta dizer que ela arquitetou a morte dos pais, simulou pesar no velório, sempre com a intenção de herdar a fortuna dos pais, vítimas mortas durante o sono. Mas investigações provaram que ela, o namorado e o irmão deste foram os executores do casal indefeso. Condenados, eles foram postos na prisão. Fim? Não. No Brasil, não. Suzane recebeu a pena de reclusão em regime fechado. Mas, invariavelmente, a justiça tende a beneficiar o "bom comportamento" e outros itens atenuantes, levando a ré ao "merecido" regime semi-aberto. A verdade é que ela ficaria solta, livre para agir e viver. Uma pessoa que privou os próprios pais do direito à vida, uma assassina fria e cruel, estará convivendo conosco, c

Pioneiros e heróis do espaço: mortos em um balão

* Há exatamente 100 anos subir 7400 metros, num balão, era um feito memorável. Consagrados por isto, três franceses - Sivel, Crocé-Spinelli e Tassandier - resolveram tentar uma aventura ainda mais perigosa: ultrapassar os 8 mil metros de altitude. Uma temeridade, numa época em que não existiam os balões ou as máscaras de oxigênio e este elemento precioso era levado para o alto em bexigas de boi com bicos improvisados. Uma temeridade tão grande que dois dos pioneiros morreram. Com eles, desapareceu boa parte das técnicas de ascensão da época que só os dois conheciam. Texto de Jean Dalba Sivel No dia 20 de abril de 1875, mais ou menos 20 mil pessoas acompanhavam à sua última morada, no cemitério de Père-Lachaise, os despojos de Teodoro Sivel e de Eustáquio Crocé-Spinelli - os nomes, na época da produção do artigo, eram escritos em português para facilitar a leitura e "valorizar" nossa própria cultura. A grafia correta dos nomes é Théodore Sivel e Joseph Eustache Cr