Capítulo II Depois que os pedaços do bilhete já estavam tomando seu rumo aleatório pelo mundo e Diogo ter esfregado o rosto com tamanha força que em alguns pontos estavam formados pequenas áreas de vermelhidão, passou a massagear quase ritualisticamente as suas têmporas com as pontas dos dedos indicadores e médios. Sua cabeça pesava muito, como se cada tentativa de assimilar as anomalias tornasse mais difícil mantê-la levantada. Seus cotovelos ficaram apoiados nos joelhos, onde sua calça jeans estava mais desgastada. Um ônibus vinha do lado esquerdo da rua, lentamente foi desacelerando até parar em frente ao ponto. A porta traseira estava abrindo e uma mulher que possuía uma pele que tremia a cada movimento, tamanha a sua quantidade de gordura no corpo, estava saindo reclamando sozinha acerca do calor que estava fazendo. As palavras ofegantes dessa mulher, que o fez imaginar uma versão obesa de Hulk Hogan, puxaram sua atenção para o ônibus e um pouco desajeitado levantou-se, ...
"Um pequeno passo para o homem, mas um grande salto para o Abismo."