Um trabalho fotográfico tocante, pois enfatiza as diferenças sociais através do local onde dormem algumas crianças. As fotos foram feitas em diversas localidades do mundo e refletem não só a condição social relacionada à condição financeira da crianças, mas também as opções culturais. Cabe relembrar que o que consideramos conforto é para outras pessoas uma verdadeira ofensa.
As fotos são de autoria de James Mollison.
Estas fotos são um grande alerta. Nelas, constatamos que a pobreza não depende apenas do país em que se vive - ainda que haja países tipicamente pobres - e que morar bem também não é sinônimo de crescer bem.
O ensaio servirá para pensarmos um pouco mais sobre o que temos e o que realmente necessitamos...
Este menino e sua família não têm casa e dormem em um colchão nos
arredores de Roma, Itália. A família veio da Romênia, acamparam em
terras privadas e foram expulsos pela polícia. A família não possui
documentos e nem estudo e não conseguem trabalho legal. No momento
limpam pára-brisas nos semáforos.
Jasmine, garotinha americana de 4 anos, coleciona em seu quarto faixas e coroas ganhadas em concursos de beleza infantil.
Lamine, 12 anos, vive no Senegal. As camas são básicas, apoiadas por alguns
tijolos. Aos seis anos, todas as manhãs, os meninos começam a trabalhar na
fazenda-escola onde aprendem a escavação, a colheita do milho e lavrar os
campos com burros. Na parte da tarde, eles estudam o Alcorão. Em seu tempo
livre, Lamine gosta de jogar futebol com seus amigos
Tzvika, nove anos, vive em um bloco de apartamentos em Beitar Illit, um
assentamento israelense na Cisjordânia. É um condomínio fechado de 36.000
Haredi. Televisões e jornais são proibidos de assentamento. A família média tem
nove filhos, mas Tzvika tem apenas uma irmã e dois irmãos, com quem divide seu
quarto. Ele é levado de carro para a escola onde o esporte é banido do
currículo. Tzvika vai à biblioteca todos os dias e gosta de ler as escrituras
sagradas. Ele também gosta de brincar com jogos
Ahkohxet tem 8 anos, vive na tribo indígena brasileira Kraho no Amazonas.
Joey, 11, mora em Kentucky, EUA, com seus pais e irmã
mais velha. Ele acompanha regularmente o seu pai em caçadas. Ele é dono de
duas espingardas e uma besta, e fez sua primeira vítima -um cervo- quando tinha
sete anos. Ele está esperando para usar sua besta durante a temporada de caça
seguinte. Ele ama a vida ao ar livre e espera poder continuar a caçar na idade
adulta. Sua família sempre come carne de caça. Joey não concorda que um animal
deve ser morto só por esporte. Quando não está caçando, Joey freqüenta a escola
e gosta de ver televisão com o seu lagarto de estimação, Lily.
Roathy tem 8 anos, mora em um lixão nos arredores de Phnom Penh, no Camboja. Seu colchão é feito de pneus.
Kaya tem 4 anos, mora com os pais em um pequeno apartamento em Tóquio, Japão. Seu quarto é cheio de roupas e bonecas.
A menina quer ser um cartunista, quando crescer.
Dong tem 9 anos, vive na província de Yunnan, no sudoeste da China, com
seus pais, irmã e avó. Ele divide um quarto com a irmã e os pais. O
garoto, que quer ser policial, gosta de escrever e cantar. Sua família
cultiva arroz e cana de açúcar para o consumo.
Thais tem11 anos, mora com os pais e a irmã no terceiro andar de um
bloco de apartamentos na Cidade de Deus no Rio de Janeiro, Brasil. Ela
divide um quarto com a irmã e sonha em ser modelo.
Que um dia todas as crianças tenham um lugar decente para, pelo menos, repousar...
Não tem algo que corte mais o coração do que ver uma criança em condições de vida sub-humana. As crianças são a coisa mais pura desse mundo, ao menos deveriam ser...é uma pena que nosso mundo rouba o maior bem das crianças: a infância.
ResponderExcluirEd, nossas crianças são o bem maior que possuímos. Delas é que tiramos a esperança de um mundo melhor. Realmente é triste ver tantas diferenças no padrão de vida, principalmente pelo fato de sermos uma única espécie vivendo em um mesmo mundo.
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