Animação 'Piratas pirados' traz bonecos de plastilina, argila e silicone. Hugh Grant e Salma Hayek emprestam vozes para os personagens.
Fonte: G1
Peter Lord, codiretor de "A fuga das galinhas" (2000), estreará nos EUA
neste mês o filme "Piratas pirados", um projeto em que volta a criar
personagens de argila depois de 12 anos, mas desta vez com ajuda da
tecnologia 3D.
O filme, que chegará às telas de cinema no próximo dia 27, narra em tom
cômico as tentativas de um corsário de derrotar seus rivais em disputa
pelo prêmio de "Pirata do ano". A missão leva o protagonista e seus
companheiros a viajarem pelas praias de Blood Island até as nubladas
ruas da Londres da época vitoriana. Tudo foi possível graças à arte de
criar animação foto a foto a partir de personagens moldados em materiais
como plastilina, argila e silicone. "Espero que esta arte sempre tenha
seu público", manifestou Lord à Agência Efe, antes de dizer que a
técnica é encantadora.
"Piratas pirados" é a última produção do estúdio Aardman, responsável
por filmes como "A fuga das galinhas" e a série de aventuras de "Wallace
& Gromit", dois dos personagens mais populares da animação
contemporânea, criados por Nick Park, David Sproxton e o próprio Lord. O
estúdio britânico foi nomeado em nove ocasiões ao Oscar e levou a
estatueta em quatro delas.
Na versão original de "Piratas pirados", Hugh Grant, Brendan Gleeson,
Jeremy Piven, Martin Freeman, Salma Hayek, David Tennant e Imelda
Staunton, entre outros, dão voz aos personagens. "É essencial ter as
vozes adequadas", explicou Lord.
Ao explicar que é importante ter bons atores e não apenas nomes
famosos, Lord exemplificou o caso de Grant. "Hugh Grant é conhecido no
Reino Unido como uma grande estrela da comédia romântica, com ênfase
maior em romantismo do que em comédia, mas para mim é um cômico genial".
Lord, de 59 anos e candidato ao Oscar em duas ocasiões por seus
curtas-metragens "Adam" (1992) e "Watt's pig" (1996), baseou sua
carreira principalmente em sua faceta de produtor e em seu currículo
estão "Por água abaixo" (2006) e "Wallace & Gromit: A maldição do
coelho-homem" (2005).
Agora com sua nova aposta espera alcançar os mesmos resultados de
crítica e público que com "A fuga das galinhas". "Tomara que seja assim.
Amo tudo relacionado com aquele filme e as pessoas responderam de forma
fantástica até agora. Acho que fizemos um filme honesto", avaliou o
diretor.
A história de seu novo filme se baseia em uma série de livros do
romancista britânico Gideon Defoe, cuja comédia atraiu Lord. "São
excepcionais e me inspiraram. Vi um mundo alucinante, repleto de
diversão, cor e surrealismo. O espírito dos livros é uma exaltação de
júbilo e alegria, e manter essa sensação na telona foi um grande
desafio", apontou o cineasta, que contou com um orçamento próximo a US$
60 milhões para uma filmagem que se estendeu por mais de três anos.
Lord acredita que apesar da proliferação de filmes relacionados a
piratas nos últimos anos, especialmente devido ao êxito da saga "Piratas
do Caribe", o público não se cansou do gênero. "Essa fascinação parece
seguir viva e esperamos tirar vantagem desse interesse constante",
explicou.
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