Pular para o conteúdo principal

Quem tem medo do Orkut?

Fonte: Carta Potiguar. Por Rodrigo Sérvulo

É fato que a inclusão digital modificou toda estrutura hierárquica brasileira, no sentido de que qualquer morador de favela que tenha um mínimo de educação digital pode estar no mesmo lugar (internet) e interagir com Eike Batista. Assim como, usar das mesmas ferramentas que ele. Mas por que o medo da popularização da internet e, mais precisamente, das redes sociais? Por que o ORKUT foi escolhido como um símbolo da “pobreza digital” ou da “digitalização da pobreza”?
A inclusão digital pôs medo àqueles que têm medo da inclusão social e nos mostra o quanto o brasileiro – geralmente a classe média endividada – é preconceituoso.
Digo isso porque antes do Facebook e do Twitter (agora o instagram) serem popularizados, todos nós usávamos o Orkut, com suas comunidades e fóruns (fúteis e úteis, dependendo da triagem de conteúdo de cada usuário) da mesma forma que usamos hoje o Facebook e outras redes sociais, assim como usávamos o fotolog.net (que funciona dentro da mesma lógica do Instagram).
Então, por que o uso do termo “orkutização” para designar algo “ruim, pobre, ralé, esteticamente feio”? Por que esse medo de estar na mesma condição de um “usuário qualquer”?
Para mim, um brasileiro falar que o outro é orkutizado é a mesma coisa que uma pessoa ser filho de uma prostituta, morar em um cabaré e sair na rua chamando todo mundo de filho da puta.  Então, deixem de mimimi, paguem seus iphones comprados em 24x sem juros para não entrar no Serasa e aprendam que rede social não é um espaço hierarquizado, onde só alguns podem usar. Pelo contrário, rede social é aquilo que deve e tem como principal função integrar e difundir informações das mais diversas possíveis.
Não cuspam na rede social que você já amou.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Bethany Townsend, ex-modelo, expõe bolsa de colostomia de forma corajosa.

Bethany Townsend é uma ex-modelo inglesa que deseja, através de sua atitude, incentivar outras pessoas que sofrem do mesmo problema a não ter receio de se expor. Portadora de um problema que a atinge desde os três anos, Bethany faz uso das bolsas de colostomia  que são uma espécie de receptáculo externo conectado ao aparelho digestivo para recolher os dejetos corporais, e desejou mostrar publicamente sua condição.  Quero que outras pessoas não tenham vergonha de sua condição e é para isso que me expus , afirmou a ex-modelo. Bethany usa as bolsas desde 2010 e não há previsão para a remoção das mesmas.  Eu, pessoalmente, concordo com a atitude e respeito-a pela coragem e o exemplo que está dando. Não há outra opção para ela e isso irá forçá-la a viver escondida? Jamais... Veja o vídeo com o depoimento dela. Via BBC

Ron Mueck - Escultor realista

Curta nossa fanpage:  Apogeu do Abismo Um artista que tem um talento inacreditável, o escultor Ron Mueck, nascido na Austrália, transporta as ansiedades, os medos e toda uma gama de sentimentos que englobam o ato de viver, expressando-os através de seus trabalhos realistas e, por vezes, chocantes. Saiba um pouco mais deste escultor cultuado em todo o mundo: Algumas fotos para ilustrar melhor o realismo do autor. Reparem nas dimensões das estátuas expostas e percebam o grau de detalhamento que Ron atribui às suas esculturas, sejam gigantescas ou pequenas.

Escritora brasileira lança campanha contra pirataria com pintura corporal. Via G1

Fonte: G1 A escritora brasileira Vanessa de Oliveira fará um novo protesto contra a pirataria de livros. Desta vez, mostrará seus atributos físicos em território nacional, a começar por fotos para ilustrar a campanha por ela idealizada. A autora ganhou fama após aparecer nua em frente ao palácio do governo do Peru, em Lima, em julho. Ela descobriu que uma de suas seis obras – “O diário de Marise - A vida real de uma garota de programa” – era vendida em barraquinhas clandestinas nas ruas da cidade. O novo topless está programado para domingo (12), na livraria Martins Fontes da Avenida Paulista, na Zona Sul de São Paulo, às 15h30. O evento faz parte da nova agenda da escritora. A ex-garota de programa, de 37 anos, encabeçou uma campanha contra a cópia e venda ilegal de livros e pretende usar seu corpo para fazer piquetes internacionais. O protesto em um ambiente privado foi sugestão de Vanessa à editora Martins Fontes, que comercializa seus livros. De volta a...