Fonte: Folha de SP
O que começou como uma operação emergencial de seis meses, com um
custo previsto de R$ 150 milhões, completou no início deste mês oito
anos de duração, a um preço de quase R$ 2 bilhões.
A informação é da reportagem de Rubens Valente publicada na edição desta segunda-feira da Folha. A reportagem completa está disponível a assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.
A operação militar do Brasil no Haiti, iniciada em 1º de junho de 2004
como parte do plano do governo Lula para obter um assento permanente no
Conselho de Segurança da ONU, consumiu até agora mais de seis vezes o
que foi gasto pelo governo federal com a Força Nacional brasileira entre
2006 e 2012.
OUTRO LADO
Em nota, o ministério afirmou à Folha que os gastos estimulam a
indústria militar brasileira. "A aquisição de material moderno para
equipar os militares brasileiros permite, além da eficiência no emprego
da tropa, fomentar a indústria de defesa brasileira e projetar o Brasil
internacionalmente."
Os militares que se deslocam ou se prontificam a partir para a missão no Haiti são motivados pela defasagem salarial e as dívidas gritantes, realidade da maioria dos componentes das Forças Armadas do Brasil.
Estranhei a afirmação de que haja estímulo para a indústria bélica de um país como o nosso onde, infelizmente, o reaparelhamento das FFAA é extremamente urgente, tamanho o sucateamento dos aparelhos e meios de combate. Além disso, o que esperar de uma tropa mal remunerada?
O Haiti precisa de apoio, porém a realidade é que os que vão apoiar estão, na verdade, buscando recursos para melhorar a própria situação.
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