Uma verdade que deve ser levada a sério: não veja um remake com a expectativa de ter o filme que gostava de volta, intocado. Um remake é uma produção baseada em uma obra, mas que não precisa ter ou seguir a exata linha do que já foi feito. O correto é encontrar uma homenagem, uma reestruturação. Em A Hora do Espanto, a homenagem e a reestruturação estão presentes.
Esta nova visão de Fright Night incomoda de início. A velocidade com que os fatos acontecem e a apresentação dos personagens ocorre muito rapidamente. Esta foi a impressão que tive ao ver o filme, talvez fruto da lembrança do primeiro filme.
O início do filme mostra pouco mas tem potencial. Somos apresentados aos principais personagens: Charlie Brewster; Amy, sua namorada; Jerry, o vampiro; Judy, a mãe de Charlie e o melhor amigo dele, conhecido como Maligno (Evil). Peter Vincent é inicialmente mostrado apenas através de uma propaganda de TV.
As cenas de ação ficaram boas. Há passagens em que a tensão rola e os combates com o vampiro também estão bons, ainda . Contudo, o que não convenceu foi a maquiagem usada para caracterizar Colin Farrell como vampiro. Na boa, já assisti filmes "B" com maquiagem melhor. Até o Fright Night original tem um vampiro com visual mais convincente.
Pontos positivos:
As mudanças não pararam no visual e na reestruturação do roteiro. A explicação para Peter Vincent ser um ilusionista (com visual muito similar ao do também ilusionista Criss Angel) que finge ser um caçador de vampiros ficou interessante. Também gostei do museu de peças relacionadas aos vampiros.
O vampiro de Colin não tem um "amigo" que o acompanha "aonde quer que ele vá", o que contribui muito para diminuir a impressão de um gay imortal (como no primeiro "A Hora do Espanto").
A explicação para a "solidão", a calmaria no bairro em que Charlie e sua mãe moram, está no fato de eles residirem em um bairro-dormitório, um local onde a maioria dos habitantes é da classe operária, trabalhadores que cumprem expediente à noite e descansam de dia (o disfarce de Jerry é esse).
A violência de Jerry é muito maior que a de seu antecessor, o que reforça a impressão de um verdadeiro vampiro, um caçador noturno, ao invés de um sedutor metrossexual.
As passagens humorísticas não são muitas. Em cada uma é possível ver o esforço em produzir risos, quebrando a tensão, o que não significa que se aproxime de algo "hilário".
Pontos negativos:
O ritmo e a apresentação de cada personagem deixa uma impressão de que há algo solto, pontas no roteiro. Mesmo sendo um remake, o correto seria uma apresentação mais detalhada, algo que gerasse mais suspense à trama.
Entre o surgimento de maligno e sua morte, tudo transcorre muito rapidamente. A aparente amizade entre Ed (Maligno) e Charlie se desfaz de modo brusco, diminuindo o impacto do fato.
O combate final teria tudo para ser grandioso. O que complica é a forma encontrada por Charlie para matar o morcegão. A luta entre os dois é consistente até certo ponto, entretanto os momentos finais não convencem, principalmente após Charlie se levantar quase intacto, mesmo depois de levar tanta pancada (não duvidem, o cara apanha muito).
Conclusão:
O filme cumpre com o que promete: entretenimento. Não é uma produção inesquecível do terror, um possível clássico, e também não teve o mesmo impacto do primeiro "A Hora do Espanto". Mudanças foram feitas para que o público atual aprecie esta nova versão, incluindo um visual moderno, o uso da internet e o tema do bulling.
Caso ainda não tenha visto o filme no cinema ou em DVD/Blu-Ray, aguarde o lançamento no TeleCine ou HBO, pois, apesar de ser um bom divertimento, não vale a pena gastar quase 40 reais com a aquisição dele.
Elenco e informações técnicas:
Esta nova visão de Fright Night incomoda de início. A velocidade com que os fatos acontecem e a apresentação dos personagens ocorre muito rapidamente. Esta foi a impressão que tive ao ver o filme, talvez fruto da lembrança do primeiro filme.
O início do filme mostra pouco mas tem potencial. Somos apresentados aos principais personagens: Charlie Brewster; Amy, sua namorada; Jerry, o vampiro; Judy, a mãe de Charlie e o melhor amigo dele, conhecido como Maligno (Evil). Peter Vincent é inicialmente mostrado apenas através de uma propaganda de TV.
As cenas de ação ficaram boas. Há passagens em que a tensão rola e os combates com o vampiro também estão bons, ainda . Contudo, o que não convenceu foi a maquiagem usada para caracterizar Colin Farrell como vampiro. Na boa, já assisti filmes "B" com maquiagem melhor. Até o Fright Night original tem um vampiro com visual mais convincente.
Pontos positivos:
As mudanças não pararam no visual e na reestruturação do roteiro. A explicação para Peter Vincent ser um ilusionista (com visual muito similar ao do também ilusionista Criss Angel) que finge ser um caçador de vampiros ficou interessante. Também gostei do museu de peças relacionadas aos vampiros.
O vampiro de Colin não tem um "amigo" que o acompanha "aonde quer que ele vá", o que contribui muito para diminuir a impressão de um gay imortal (como no primeiro "A Hora do Espanto").
A explicação para a "solidão", a calmaria no bairro em que Charlie e sua mãe moram, está no fato de eles residirem em um bairro-dormitório, um local onde a maioria dos habitantes é da classe operária, trabalhadores que cumprem expediente à noite e descansam de dia (o disfarce de Jerry é esse).
A violência de Jerry é muito maior que a de seu antecessor, o que reforça a impressão de um verdadeiro vampiro, um caçador noturno, ao invés de um sedutor metrossexual.
As passagens humorísticas não são muitas. Em cada uma é possível ver o esforço em produzir risos, quebrando a tensão, o que não significa que se aproxime de algo "hilário".
Pontos negativos:
O ritmo e a apresentação de cada personagem deixa uma impressão de que há algo solto, pontas no roteiro. Mesmo sendo um remake, o correto seria uma apresentação mais detalhada, algo que gerasse mais suspense à trama.
Entre o surgimento de maligno e sua morte, tudo transcorre muito rapidamente. A aparente amizade entre Ed (Maligno) e Charlie se desfaz de modo brusco, diminuindo o impacto do fato.
O combate final teria tudo para ser grandioso. O que complica é a forma encontrada por Charlie para matar o morcegão. A luta entre os dois é consistente até certo ponto, entretanto os momentos finais não convencem, principalmente após Charlie se levantar quase intacto, mesmo depois de levar tanta pancada (não duvidem, o cara apanha muito).
Conclusão:
O filme cumpre com o que promete: entretenimento. Não é uma produção inesquecível do terror, um possível clássico, e também não teve o mesmo impacto do primeiro "A Hora do Espanto". Mudanças foram feitas para que o público atual aprecie esta nova versão, incluindo um visual moderno, o uso da internet e o tema do bulling.
Caso ainda não tenha visto o filme no cinema ou em DVD/Blu-Ray, aguarde o lançamento no TeleCine ou HBO, pois, apesar de ser um bom divertimento, não vale a pena gastar quase 40 reais com a aquisição dele.
Elenco e informações técnicas:
- Anton Yelchin: Charley Brewster
- Colin Farrell: Jerry Dandridge
- Toni Collette: Judy Brewster
- Imogen Poots: Amy Peterson
- David Tennant: Peter Vincent
- Christopher Mintz-Plasse: "Evil" Ed Lee
- Sandra Vergara: Ginger
- Dave Franco: Mark
- Chris Sarandon: Jay Dee
- Diretor: Craig Gillespie
- Ano de lançamento: 2011
- Escrito por Tom Holland e Marti Noxon.
Imagens:
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1985 |
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Charlie e Jerry (2011) |
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2011 |
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Evil (1985) |
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Peter Vincent (2011) |
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Pôster de 1985 |
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Maligno, Charlie, Amy e Jerry (1985) |
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Jerry (2011) |
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