Basta passarmos por uma favela (hoje a politicamente correta Comunidade) para apurarmos que as condições de vida de milhares de pessoas ainda beiram o inaceitável. Barracos sem higiene, redes de esgoto ou habitabilidade. Ratos que transitam com tranquilidade entre casas, chuvas que arrastam famílias e painéis usados para "camuflar" esta dura realidade. Isso é sofrer.
Pais e mães de família vivem com poucos recursos (financeiros e sociais), enfrentam jornadas longas de trabalho e ainda dependem de um sistema de transporte que precisa de muitas melhorias. É essa a verdade de boa parte da população do país, submetida ao desvio de verbas, promessas políticas jamais cumpridas e muitas outras intempéries que são exclusividade dos menos favorecidos.
Agora, qual será o padrão de vida oferecido a um assassino? Será que ele passa por tantas adversidades quanto o cidadão comum? Entendam, eu não quero que um criminoso passe seus dias no Sheol, sendo açoitado por legiões demoníacas, mas é desanimador ver 153 criminosas "residindo" em uma área de mais de 5 mil metros quadrados enquanto o cidadão comum mora em uma casa de 45 metros quadrados, quando a situação lhe é favorável.
Quanto é gasto pelo governo para manter o lazer, os "trabalhos" e demais mordomias concedidas à assassinas confessas, mulheres que cometeram crimes bárbaros e chocaram a opinião pública?
O sistema prisional deve ser uma forma de reintegração social, algo que realmente afaste o criminoso da rota sangrenta do delito, o que não implica em dizer que o bom comportamento seja retribuído com diminuição da pena, regalias e tratamento vip. Elas tem o direito ao arrependimento e podem se ressocializar, porém não há como reduzir a pena para as vítimas dessas criminosas...
Convertidos ou não, o preço por seus erros deve ser pago rigorosamente. A memória do brasileiro para esse tipo de violência precisa ser avivada.
Franz Lima.
Fonte: Bom-dia, Brasil
Elas cometeram crimes que chocaram o país. Elize Matsunaga, Suzane Richthofen e Anna Carolina Jatobá têm mais uma coisa em comum. Estão presas em Tremembé, no interior de São Paulo.
O Fantástico revelou um pouco da rotina dessas mulheres atrás das
grades. Elas deixaram pra trás uma vida confortável, e agora enfrentam a
rotina de um presídio. As três cometeram crimes repudiados até mesmo
dentro dos presídios. Suzane Richtofen e Anna Carolina já se encontraram
atrás das grades. Elize Matsunaga, a última a chegar, só foi liberada
para o banho de sol.
Desde o dia 20 de junho, Elize Matsunaga, de 30 anos, vive na
Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo. Quase dois meses
depois de ter matado e esquartejado o marido, o diretor-executivo da
indústria de alimentos Yoki, Marcos Matsunaga, de 41 anos.
No local também estão Suzane Von Richthofen, condenada por matar os
pais, e Anna Carolina Jatobá, que cumpre pena pelo assassinato da
enteada, Isabella Nardoni.
Elize ficou isolada nos primeiros 15 dias, mas agora já convive com
outras presas. Imagens gravadas de fora do presídio mostram o primeiro
banho de sol dela, no pátio com as outras mulheres.
O presídio ocupa o prédio de um antigo convento, bem no centro da
cidade. São cinco mil metros quadrados com espaço previsto para receber
100 mulheres. As celas se dividem em três pavilhões. O espaço tem ainda
duas fábricas, uma capela e um pátio, onde as mulheres podem tomar sol.
Na Penitenciária de Tremembé vivem 153 mulheres. A maioria cometeu
crimes que são repudiados até dentro das cadeias. Assim como Elize,
Suzane e Anna Carolina, elas mataram filhos, maridos, pais. E poderiam
correr risco se dividissem o mesmo espaço com presas comuns. Na
penitenciária elas convivem com 20 outras mulheres, presas por tráfico
de drogas.
“Há uma regra interna entre os presos e presas onde eles estabelecem
quais crimes são admissíveis e quais crimes não o são. Por isso que as
pessoas nessa unidade prisional se aceitam e se toleram. Porque na
verdade todas elas, as presas, cometeram crimes muito graves”, explica o
promotor Paulo José de Palma.
A maioria das presas trabalha. Suzane e Anna Carolina, por exemplo,
fazem parte da oficina de costura. As duas aparecem no pátio de
convivência, com o uniforme usado pelas presas que trabalham.
Suzane, que agora é pastora evangélica, usa os cabelos longos e mais
escuros do que na época do crime, em 2002. Segundo relato de
funcionários, ela tem bom relacionamento com as outras detentas e com as
carcereiras. Anna Carolina também tem bom comportamento, e agora usa
óculos.
Como ainda espera o julgamento, Elize Matsunaga não trabalha para
reduzir sua futura pena, mas ela costuma ajudar as funcionárias nas
tarefas de limpeza. Divide a cela com outras cinco detentas, que dormem
em beliches de aço e têm um banheiro.
Elize Matsunaga vai responder por homicídio triplamente qualificado e pode pegar até 30 anos de prisão.
Suzane cumpre pena de 39 anos de prisão. Ana Carolina Jatobá, de 26 anos. Elize ainda não foi julgada.
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