“Empty your mind, be formless, shapeless - like water. Now you put water into a cup, it becomes the cup, you put water into a bottle, it becomes the bottle, you put it in a teapot, it becomes the teapot. Now water can flow or it can crash. Be water, my friend.”
Bruce Lee
Muitos podem desprezar os documentários, principalmente quando o assunto abordado é luta. Afinal, pensam alguns, quais as lições ou o que se aproveitaria de uma produção baseada em uma simples luta. É tudo tão previsível...
Honestamente, a única coisa que é previsível nesta produção sobre uma das lutas mais polêmicas do UFC (Ultimate Fighting Championship) é o resultado, ainda mais se levarmos em conta que ela já ocorreu há muito tempo. Mas não é o resultado que importa. O que me faz hoje escrever esta resenha é uma única coisa: a quebra de um preconceito nutrido por uma infinidade de pessoas quando o assunto é lutar.
O estereótipo do lutador violento, analfabeto e ignorante já caiu por terra. Muitos passaram a admirar a luta, principalmente o evento UFC, por conta da humildade no pós-luta, pela preocupação de um lutador vencedor diante de seu oponente tombado e os cuidados com a integridade dos guerreiros. A violência existe desde o momento em que se inicia até o último round, mas tudo se encerra com o máximo de espírito esportivo e respeito pelo adversário. Grandes combates sempre ocorrerão, porém são raras as oportunidades para se conhecer e vivenciar a trajetória de um grande combatente. Esse documentário é sobre isso: a saga de um homem comum que se destacou entre seus pares e, ainda assim, manteve suas virtudes e defeitos. Como um ser humano comum, Silva não é invencível, porém ele dá o melhor de si, sacrifica-se para chegar ao auge. Essa escalada, essas barreiras e as falhas às quais qualquer um está sujeito são o ponto forte do documentário. Lutas duram pouco e não temos a menor ideia do que um combatente passa para chegar até lá no octogono e superar dores, temores, saudades e uma raiva gerada pela distância de quem se ama. O caminho do guerreiro leva a um lugar único, isso é previsível, entretanto nem o próprio lutador sabe qual a melhor trilha para alcançar a tão almejada vitória: isso é algo imprevisível.
Agora imagine o quanto essa imprevisibilidade aumenta quando o foco da luta é o atual campeão dos pesos médios do UFC: Anderson "Spider" Silva. Sim, leitores, este documentário é imprevisível, não importa se vocês já saibam quais foram os resultados das lutas.
Começamos nossa viagem com um trecho de uma entrevista com Bruce Lee. Ao vê-la, vocês entenderão o porquê da expressão "como água". O que se segue são momentos da luta (extremamente burocrática) entre o Spider e Demian Maia, e a polêmica conferência pós-luta.
O resultado da luta foi favorável a Anderson, porém desagradou muito ao chefe do UFC, Dana White. Dana lançou um ultimato: o resultado negativo da próxima luta ou uma vitória com a mesma morosidade do combate contra Demian selariam a carreira de Anderson Silva.
O adversário selecionado foi o promissoor e polêmico Chael Sonnen, um combatente que se vale das palavras para minar a paciência e a concentração dos rivais.
Não é preciso ver o documentário para se conhecer o resultado final do combate. Porém é indispensável assisti-lo para se conhecer os dramas que envolvem uma "simples" luta. Certamente aqueles que não gostam do lutador Anderson Silva irão, ao final da obra, admirar a pessoa, o pai, o amigo e o trabalhador. "Como Água" não é um documentário sobre luta, mas uma obra cinematográfica sobre a superação, os limites, as dores e as consequências das decisões em um mundo no qual as divisas entre o sucesso e o fracasso são próximos e tênues.
Anderson teve a coragem de se mostrar humano neste documentário, expondo seus medos e raivas, fraquezas e forças. A luta é apenas uma das passagens pelas quais os produtores de "como água" se valeram para nos expor um lutador que não é um super humano, porém tem certamente a capacidade de inspirar outros a melhorar.
O homem tem que se adaptar e fluir, não importa qual o ambiente em que esteja. Adaptação é a chave para o progresso e o sucesso... essa é a lição que fica.
Agora imagine o quanto essa imprevisibilidade aumenta quando o foco da luta é o atual campeão dos pesos médios do UFC: Anderson "Spider" Silva. Sim, leitores, este documentário é imprevisível, não importa se vocês já saibam quais foram os resultados das lutas.
Começamos nossa viagem com um trecho de uma entrevista com Bruce Lee. Ao vê-la, vocês entenderão o porquê da expressão "como água". O que se segue são momentos da luta (extremamente burocrática) entre o Spider e Demian Maia, e a polêmica conferência pós-luta.
O resultado da luta foi favorável a Anderson, porém desagradou muito ao chefe do UFC, Dana White. Dana lançou um ultimato: o resultado negativo da próxima luta ou uma vitória com a mesma morosidade do combate contra Demian selariam a carreira de Anderson Silva.
O adversário selecionado foi o promissoor e polêmico Chael Sonnen, um combatente que se vale das palavras para minar a paciência e a concentração dos rivais.
Não é preciso ver o documentário para se conhecer o resultado final do combate. Porém é indispensável assisti-lo para se conhecer os dramas que envolvem uma "simples" luta. Certamente aqueles que não gostam do lutador Anderson Silva irão, ao final da obra, admirar a pessoa, o pai, o amigo e o trabalhador. "Como Água" não é um documentário sobre luta, mas uma obra cinematográfica sobre a superação, os limites, as dores e as consequências das decisões em um mundo no qual as divisas entre o sucesso e o fracasso são próximos e tênues.
Anderson teve a coragem de se mostrar humano neste documentário, expondo seus medos e raivas, fraquezas e forças. A luta é apenas uma das passagens pelas quais os produtores de "como água" se valeram para nos expor um lutador que não é um super humano, porém tem certamente a capacidade de inspirar outros a melhorar.
O homem tem que se adaptar e fluir, não importa qual o ambiente em que esteja. Adaptação é a chave para o progresso e o sucesso... essa é a lição que fica.
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