Pôster por Tom Whalen |
Fui assistir a este filme com certo receio, confesso. Após ouvir algumas opiniões desfavoráveis sobre ele, tornou-se inevitável desconfiar de "Cowboys e Aliens". Mas é preciso ver para crer...
Cowboys e Aliens é o tipo de filme para divertir. Não houve pretensão por parte do roteirista e do diretor em fazer um filme "cabeça" com as grandes questões que abalam a humanidade.
A obra engloba dois gêneros bem distintos: ficção científica e cowboys. Como seria feita essa fusão, inicialmente, era uma dúvida para todos os fãs de ambos os gêneros. Mas o diretor Jon Favreau (o motorista de Pepper Pots em Iron Man 2) soube dosar essa mistura sem privilegiar um ou o outro. Há boas partes de ficção científica (com a tradicional abordagem sobre invasão alienígena) e também existe o conteúdo western, onde a cidadezinha é dominada por um rico dono de gado. Claro, isso é apenas uma visão superficial da história. Ao contrário de fiascos como "Battleship", esta produção teve a coerência de não transformar os aliens em criaturas idiotas. Eles, como todo ser vivo, possuem pontos fracos, o que não os torna menos mortíferos. É diversão, indubitavelmente, porém com um pouco mais de "coerência", com mais apreço pela inteligência do espectador.
Outro ponto que melhorou muito o filme está na escolha do elenco. Harrison Ford é o Coronel Dolarhyde Woodrow, um rancheiro rico e poderoso. Sua criação de gado é a única fonte de renda para todos na cidade e isso alimenta o temor diante de seu poder. O filho dele é um dos que usam este temor para impor respeito. No meio desse cenário, surge o cowboy Jake Lonergan (Daniel Craig), desmemoriado e dono de uma agilidade incomum com revólveres (e com um bracelete alienígena preso ao seu antebraço). O encontro deles é envolto em muita ação e culmina com um ataque dos alienígenas.
Há ainda a presença de Ella, interpretada por Olivia Wilde, uma mulher que quer ajudar os cowboys contra os invasores, aparentemente motivada pelo sequestro de uma pessoa que ela ama. Outros bons atores presentes no elenco são Sam Rockwell, o Doutor, Paul Dano (o filho do coronel, Percy Dolarhyde) e Adam Beach como o indígena Nat Colorado.
O roteiro não traz muitas surpresas, mas não decepciona, principalmente com algumas viradas proporcionadas no decorrer da trama. A parte emocional ganha algumas nuances interessantes, principalmente no final do filme.
Destaque para as cenas de ação e os efeitos especiais, elementos que ampliam o interesse do público na trama. As explicações para a motivação dos aliens e os fatores que acabam reunindo os humanos (de várias etnias e com motivações diferentes) para combater os invasores não são mirabolantes a ponto de criar a antipatia do espectador pela trama. Relembro que mesmo ambientado no ano de 1873, o filme ainda tem como tema principal a ficção científica. As influências de Alien, o 8º passageiro e os westerns onde John Wayne atuou (guardadas as devidas proporções) são bem claras, porém não tem o mesmo impacto que os filmes citados. Pelo que percebi, John Wayne é a inspiração de Craig para compor seu fora-da-lei desmemoriado e bruto.
Como disse no início desta resenha, Cowboys e Aliens não é cinema cult. O que temos é entretenimento bem feito (que poderia ser muito melhor) e despretensioso. A única coisa que me traz temor é a velha decisão dos estúdios em produzir uma sequência, fato que dificilmente ocorrerá em prol da arrecadação fraca nas bilheterias.
Vejam os pôsteres do filme, o trailer e algumas fotos:
A obra engloba dois gêneros bem distintos: ficção científica e cowboys. Como seria feita essa fusão, inicialmente, era uma dúvida para todos os fãs de ambos os gêneros. Mas o diretor Jon Favreau (o motorista de Pepper Pots em Iron Man 2) soube dosar essa mistura sem privilegiar um ou o outro. Há boas partes de ficção científica (com a tradicional abordagem sobre invasão alienígena) e também existe o conteúdo western, onde a cidadezinha é dominada por um rico dono de gado. Claro, isso é apenas uma visão superficial da história. Ao contrário de fiascos como "Battleship", esta produção teve a coerência de não transformar os aliens em criaturas idiotas. Eles, como todo ser vivo, possuem pontos fracos, o que não os torna menos mortíferos. É diversão, indubitavelmente, porém com um pouco mais de "coerência", com mais apreço pela inteligência do espectador.
Harrison Ford e Daniel Craig |
Há ainda a presença de Ella, interpretada por Olivia Wilde, uma mulher que quer ajudar os cowboys contra os invasores, aparentemente motivada pelo sequestro de uma pessoa que ela ama. Outros bons atores presentes no elenco são Sam Rockwell, o Doutor, Paul Dano (o filho do coronel, Percy Dolarhyde) e Adam Beach como o indígena Nat Colorado.
O roteiro não traz muitas surpresas, mas não decepciona, principalmente com algumas viradas proporcionadas no decorrer da trama. A parte emocional ganha algumas nuances interessantes, principalmente no final do filme.
Destaque para as cenas de ação e os efeitos especiais, elementos que ampliam o interesse do público na trama. As explicações para a motivação dos aliens e os fatores que acabam reunindo os humanos (de várias etnias e com motivações diferentes) para combater os invasores não são mirabolantes a ponto de criar a antipatia do espectador pela trama. Relembro que mesmo ambientado no ano de 1873, o filme ainda tem como tema principal a ficção científica. As influências de Alien, o 8º passageiro e os westerns onde John Wayne atuou (guardadas as devidas proporções) são bem claras, porém não tem o mesmo impacto que os filmes citados. Pelo que percebi, John Wayne é a inspiração de Craig para compor seu fora-da-lei desmemoriado e bruto.
Como disse no início desta resenha, Cowboys e Aliens não é cinema cult. O que temos é entretenimento bem feito (que poderia ser muito melhor) e despretensioso. A única coisa que me traz temor é a velha decisão dos estúdios em produzir uma sequência, fato que dificilmente ocorrerá em prol da arrecadação fraca nas bilheterias.
Vejam os pôsteres do filme, o trailer e algumas fotos:
Coronel Dolarhyde |
Ella |
Dolarhyde e Jake |
Doc |
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