Por: Franz Lima
Atualmente existem dois indivíduos que estão vinculados à imagem do morcego e são mundialmente conhecidos: Drácula e Batman. Criados respectivamente por Bram Stoker e Bob Kane, eles existem há muitos anos, porém em "realidades" diferentes. Além disso, Drácula é a antítese do Batman: ele mata sem piedade, é cruel e imortal.
Entretanto, mesmo tão diferentes e de mídias também distintas (o vampiro é oriundo da literatura), não havia impedimentos para a junção, o encontro entre os dois ícones (o hoje popular crossover), porém em 1992, ano de lançamento da minissérie, essa "união" ficou conhecida como uma das mais sombrias HQ da época.
E quais seriam os diferenciais?
Cito, para começar, o ótimo roteiro de Doug Moench que somado aos desenhos de Kelley Jones (consagrou-se com Hellboy) e as cores de Malcom Jones III e Les Dorscheid, geraram a melhor história do Batman do gênero (terror).
Para esclarecer melhor, vamos ao que se passa na minissérie.
Batman vive na querida e doentia Gotham. Não há indícios dos vilões clássicos, apenas ladrões, arruaceiros, prostitutas, bêbados e mendigos (esqueçam o politicamente correto 'moradores de rua') que usam drogas quase como alimento. Em uma nítida crítica ao descaso das autoridades por esses "indigentes", a trama evolui mostrando o assassinato dos marginalizados acima citados. Porém, por serem de uma parcela miserável da população, tais mortes são investigadas com lentidão, sob sigilo, para evitar o pânico e a queda da popularidade do Prefeito. Sob ordens restritas, pouco resta ao Comissário Gordon fazer.
É no meio desse jogo político que está o Homem Morcego. Sem o jugo da ganância eleitoral e da hierarquia, Batman passa a investigar tais crimes.
com o decorrer da investigação, uma conclusão é obtida: o número de mortos é muito, muito maior. Também constata-se outro fato importante que é a presença de um matador que antes só habitava os livros, um predador que saiu da mente de um escritor para a vida real.
No meio desse conflito mental, Batman depara-se com o imortal Drácula e as consequências são terríveis.
Com um inesperado apoio, vital para não só combater o Mal que ganha vulto, como também para mantê-lo vivo, Bruce Wayne opta por uma nova abordagem, pois sua vida também está mudando radicalmente.
O restante das revistas mostra um vampiro lendário que sobre as sequelas do vício daqueles que ele considera alimento. É aqui que Doug Moench aborda - com maestria - o problema das drogas. Elas afetam não são os usuários. Afetam todos que estão ao redor de quem vive esse vício... inclusive o próprio Drácula.
A arte, as cores e o roteiro contribuem para uma épica conclusão onde todos os temas polêmicos abordados durante a obra mostram suas sequelas, seus resultados. Drácula e Batman são lendas em rota de colisão e vale cada segundo aguardado até o impacto. Quem será vivo dessa história é o menos importante. O que conta é "como" sairá...
Garanto que vocês concordarão comigo quando digo que este é o melhor crossover entre um super-herói e o vampiro. Eu comemorei estes 20 anos de publicação da HQ relendo-a... mas sei que logo voltarei a tê-la em mãos.
Batman vive na querida e doentia Gotham. Não há indícios dos vilões clássicos, apenas ladrões, arruaceiros, prostitutas, bêbados e mendigos (esqueçam o politicamente correto 'moradores de rua') que usam drogas quase como alimento. Em uma nítida crítica ao descaso das autoridades por esses "indigentes", a trama evolui mostrando o assassinato dos marginalizados acima citados. Porém, por serem de uma parcela miserável da população, tais mortes são investigadas com lentidão, sob sigilo, para evitar o pânico e a queda da popularidade do Prefeito. Sob ordens restritas, pouco resta ao Comissário Gordon fazer.
É no meio desse jogo político que está o Homem Morcego. Sem o jugo da ganância eleitoral e da hierarquia, Batman passa a investigar tais crimes.
com o decorrer da investigação, uma conclusão é obtida: o número de mortos é muito, muito maior. Também constata-se outro fato importante que é a presença de um matador que antes só habitava os livros, um predador que saiu da mente de um escritor para a vida real.
No meio desse conflito mental, Batman depara-se com o imortal Drácula e as consequências são terríveis.
Com um inesperado apoio, vital para não só combater o Mal que ganha vulto, como também para mantê-lo vivo, Bruce Wayne opta por uma nova abordagem, pois sua vida também está mudando radicalmente.O restante das revistas mostra um vampiro lendário que sobre as sequelas do vício daqueles que ele considera alimento. É aqui que Doug Moench aborda - com maestria - o problema das drogas. Elas afetam não são os usuários. Afetam todos que estão ao redor de quem vive esse vício... inclusive o próprio Drácula.
A arte, as cores e o roteiro contribuem para uma épica conclusão onde todos os temas polêmicos abordados durante a obra mostram suas sequelas, seus resultados. Drácula e Batman são lendas em rota de colisão e vale cada segundo aguardado até o impacto. Quem será vivo dessa história é o menos importante. O que conta é "como" sairá...
Garanto que vocês concordarão comigo quando digo que este é o melhor crossover entre um super-herói e o vampiro. Eu comemorei estes 20 anos de publicação da HQ relendo-a... mas sei que logo voltarei a tê-la em mãos.






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