Bem, a verdade é que não li quaisquer críticas ou reportagens sobre o filme. Não quis buscar referências de outras opiniões e, assim, assisti ao filme livre de influências externas.
A trama do filme não é ruim. A abordagem sobre o que motiva pessoas a assistir um reality show onde os participantes se matam (todos muito jovens) é até crível, porém percebi que há um direcionamento que força os espectadores a apoiar os protagonistas. A direção do filme parece agir como se fosse a responsável de um verdadeiro reality show, onde tudo indica que teremos um favorito em muito pouco tempo.
Os personagens parecem relativamente rasos inicialmente e vão ganhando vulto com o decorrer do filme. Porém isso é exclusivo dos protagonistas e de um ou outro de relevância um pouco maior. Creio que haveria uma maior carga emocional se tivéssemos ciência de quem eram os demais competidores dos Jogos Vorazes. Quanto mais sabemos sobre um determinado personagem, mais isso nos levará a ter uma maior empatia.
Ambientação:
Há um certo clima de campo de concentração - proposital, lógico - que ficou bem estruturado. O tom cinza das imagens contribui para a sensação de abandono das colônias (os chamados 'distritos') sitiadas.
Por não ter lido a trilogia, fiquei inicialmente perdido sem entender o que levou até aquela situação, mas nesse ponto o filme mostra coerência e explica bem o que antecedeu a história. Inclusive, o fato de desconhecer o ocorrido é um dos fatores que valorizaram ainda mais os flashbacks que ocorrem durante toda a produção.
A cidade onde é sediada a competição é muito bonita e tem um ar futurista. Entretanto, a apresentação dos competidores remonta aos grandes comícios nazistas e também aos palcos onde gladiadores eram mostrados. A multidão não parece se importar com as inevitáveis mortes, pois é um preço a ser pago pelos crimes do passado.
Big Brother:
Os 'Jogos Vorazes' são basicamente um reality show. Inspirados em 'The running man' - essa é minha opinião - e misturando partes que lembram 'Quem quer ganhar 1 milhão', além de visuais bizarros que mais parecem tirados de um clip da Lady Gaga. O intuito é matar 23 participantes e deixar um sobrevivente como prova da caridade humana diante de pessoas que não merecem esse benefício. São 74 anos de mortes sem quaisquer questionamentos.
Para cada dupla há um tutor, alguém que possa dar-lhes instruções suficientes para que sobrevivam. É nesse ponto que aparece Woody Harrelson como o mentor da dupla do distrito 12, em função de sua experiência como ex-competidor.
O 'Bial' dos Jogos é um indivíduo que tem trejeitos de um Silvio Santos com o visual do Drácula de Coppola (o vampiro velho). O uso do humor para mascarar as futuras mortes é um recurso interessante, porém usado de forma bem simplista.
Os protagonistas:
O elenco é basicamente jovem. Nada de mais, principalmente se levarmos em conta o enredo sobre os escolhidos. Entretanto, falta mais dinamismo e emoção às atuações. A atriz Jeniffer Lawrence mostra que tem um talento promissor, mas seu parceiro de Distrito, o ator Josh Hutcherson não convence com sua atuação apática. O desenrolar da história entre os dois jamais parece ser verdadeira, pois há pouca emoção e alguns clichês que enfraquecem a credibilidade da trama.
Outros atores mostram atuações que oscilam entre o razoável e o bom, mesmo com nomes como Woody Harrelson, Donald Sutherland e Stanley Tucci. A verdade é que a história e a direção não exigiram muito dos atores.
Resta aguardar a continuação e torcer por personagens menos rasos e uma carga dramática maior.
Considerações finais:
Ainda resta esperanças de que tenhamos novas produções baseadas nos dois livros restantes, que compensem esta primeira edição. Não há muito a se fazer em relação ao primeiro filme (que não é péssimo, pois serve muito bem como entretenimento) além de aguardar as correções necessárias para que uma produção com potencial para ser um ótimo filme de ação/drama torne-se um mero produto padrão "Sessão da Tarde".
A continuação já tem seus pôsteres disponíveis na web e tudo indica que o casal protagonista irá retornar. Caso usem este reencontro nas telas de forma competente, ainda creio que poderemos ver um filme menos 'pipoca' e mais respeitoso em relação à inteligência do espectador.
Ambientação:
Há um certo clima de campo de concentração - proposital, lógico - que ficou bem estruturado. O tom cinza das imagens contribui para a sensação de abandono das colônias (os chamados 'distritos') sitiadas.
Por não ter lido a trilogia, fiquei inicialmente perdido sem entender o que levou até aquela situação, mas nesse ponto o filme mostra coerência e explica bem o que antecedeu a história. Inclusive, o fato de desconhecer o ocorrido é um dos fatores que valorizaram ainda mais os flashbacks que ocorrem durante toda a produção.
A cidade onde é sediada a competição é muito bonita e tem um ar futurista. Entretanto, a apresentação dos competidores remonta aos grandes comícios nazistas e também aos palcos onde gladiadores eram mostrados. A multidão não parece se importar com as inevitáveis mortes, pois é um preço a ser pago pelos crimes do passado.
Big Brother:
Os 'Jogos Vorazes' são basicamente um reality show. Inspirados em 'The running man' - essa é minha opinião - e misturando partes que lembram 'Quem quer ganhar 1 milhão', além de visuais bizarros que mais parecem tirados de um clip da Lady Gaga. O intuito é matar 23 participantes e deixar um sobrevivente como prova da caridade humana diante de pessoas que não merecem esse benefício. São 74 anos de mortes sem quaisquer questionamentos.
Para cada dupla há um tutor, alguém que possa dar-lhes instruções suficientes para que sobrevivam. É nesse ponto que aparece Woody Harrelson como o mentor da dupla do distrito 12, em função de sua experiência como ex-competidor.
O 'Bial' dos Jogos é um indivíduo que tem trejeitos de um Silvio Santos com o visual do Drácula de Coppola (o vampiro velho). O uso do humor para mascarar as futuras mortes é um recurso interessante, porém usado de forma bem simplista.
Os protagonistas:
O elenco é basicamente jovem. Nada de mais, principalmente se levarmos em conta o enredo sobre os escolhidos. Entretanto, falta mais dinamismo e emoção às atuações. A atriz Jeniffer Lawrence mostra que tem um talento promissor, mas seu parceiro de Distrito, o ator Josh Hutcherson não convence com sua atuação apática. O desenrolar da história entre os dois jamais parece ser verdadeira, pois há pouca emoção e alguns clichês que enfraquecem a credibilidade da trama.
Outros atores mostram atuações que oscilam entre o razoável e o bom, mesmo com nomes como Woody Harrelson, Donald Sutherland e Stanley Tucci. A verdade é que a história e a direção não exigiram muito dos atores.
Resta aguardar a continuação e torcer por personagens menos rasos e uma carga dramática maior.
Considerações finais:
Ainda resta esperanças de que tenhamos novas produções baseadas nos dois livros restantes, que compensem esta primeira edição. Não há muito a se fazer em relação ao primeiro filme (que não é péssimo, pois serve muito bem como entretenimento) além de aguardar as correções necessárias para que uma produção com potencial para ser um ótimo filme de ação/drama torne-se um mero produto padrão "Sessão da Tarde".
A continuação já tem seus pôsteres disponíveis na web e tudo indica que o casal protagonista irá retornar. Caso usem este reencontro nas telas de forma competente, ainda creio que poderemos ver um filme menos 'pipoca' e mais respeitoso em relação à inteligência do espectador.
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