Fonte: MSN
Ex-campeão dos pesos-pesados do UFC, Junior “Cigano” dos Santos se mudou recentemente da Bahia para o Rio de Janeiro com o objetivo de treinar na academia Nova União, mesma onde treinam os atuais campeões do Ultimate, José Aldo (penas) e Renan Barão (galos).
Isso não significa que o lutador deixará seus vínculos com a Team Nogueira e com o seu mestre de boxe, Luiz Carlos Dórea, que deve vir à Cidade Maravilhosa em breve para se juntar ao “general” Dedé Pederneiras na coordenação dos treinos de Cigano.
Junior não luta desde outubro do ano passado, quando foi nocauteado por Cain Velasquez em disputa de cinturão dos pesados, na terceira luta entre os atletas. Desde então, o catarinense segue sem adversário, já que segundo Dana White declarou recentemente, Alistair Overeem estaria se “escondendo” de Junior Cigano.
Em um descontraído encontro com jornalistas, nesta quinta-feira (20), no Rio de Janeiro, Cigano disse que está em busca de evolução para se tornar mais competitivo e trazer o cinturão dos pesados de volta ao Brasil.
“Tenho reais condições de vencer o Velasquez. Eu o admiro muito, pois foi um cara que perdeu de mim, aprendeu com o erro, não cometeu o mesmo erro, bloqueou o meu jogo e me venceu. Agora é a minha vez de evoluir, sou um cara aberto ao conhecimento, aprendo rápido e nas próximas lutas, vocês verão um novo Cigano e isso me colocará novamente de frente com o Velasquez”, declarou.
Qual o principal motivo que lhe trouxe para o Rio de Janeiro para vir treinar na academia Nova União?
O principal motivo é a busca da evolução e agregar valores ao meu treinamento e a Nova União é o lugar certo para isso, não é à toa que o Dedé Pederneiras é indicado a melhor treinador do mundo todo ano. Admiro muito o Dedé até pelos comandos que ele passa aos seus atletas, no intervalo do round, no córner, ele é muito objetivo e sabe muito.
Mas a Nova União não é uma academia conhecida por ser de pesos leves?
Isso ficou no passado e hoje tem vários pesos pesados de qualidade para treinar comigo. Tive que sair de Salvador, pois lá as coisas estavam muito paradas e esse papo de peso leve é mito, não faltam treinos para mim aqui e eu estou muito feliz com essa mudança e minha ideia é aprender mais, me tornar mais competitivo para trazer esse cinturão de volta.
Você já tem algum adversário em mente, o UFC já te sondou?
Por enquanto ainda não tem nada, eles estão em busca de um adversário. Na real, surgiu a possibilidade de uma luta com o Alistair Overeem, mas ele não respondeu, não sei se está machucado, então por enquanto não tem nada previsto. Eu tenho uma enorme vontade de lutar no Brasil e tenho certeza de que isso em breve vai acontecer.
Como está sendo essa jornada no Rio de Janeiro?
É a busca da evolução e está acontecendo rápido. Eu sempre treinei jiu-jitsu, wrestling, mas na hora da luta colocar a estratégia em ação é diferente, mas não se surpreendam se eu comece a derrubar meus adversários. O meu mestre de boxe Luiz Dórea também está vindo ao Rio para somar junto com o Dedé e me tornarei um lutador mais competitivo, impondo mais desafios aos meus adversários. Vou treinar na Team Nogueira, Nova União e vou escolher uma equipe no exterior também, para quando estiver perto da luta.
Você sonha em lutar em um grande estádio de futebol, como o Maracanã?
É tudo o que eu mais quero, imagina aquela vibração da torcida quando fizermos o nosso “gol”, que é nocautear ou finalizar? Imagina o estádio todo torcendo por isso? Seria maravilhoso e a minha vontade é grande. Tenho ouvido comentários de que vai haver um grande evento em um estádio no Brasil e fazer parte disso para mim seria indescritível.
O Velasquez chegou a declarar que o ciclo de vocês acabou e que você não deve enfrentá-lo novamente. O que acha disso?
Ele disse que aquela foi a nossa última luta, mas eu não acredito nisso. Eu ainda sou o primeiro do ranking na categoria e, se ele permanecer campeão e eu conquistar minhas vitórias, mais umas duas ou três, a gente vai se enfrentar novamente. Tenho reais condições de vencer ele. Eu o admiro muito, pois foi um cara que perdeu de mim, aprendeu com o erro, não cometeu o mesmo erro, bloqueou o meu jogo e me venceu. Agora é a minha vez de evoluir, sou um cara aberto ao conhecimento, aprendo rápido e nas próximas lutas, vocês verão um novo Cigano e isso me colocará novamente de frente com o Velasquez.
Franz diz: Cigano e Velasquez são lutadores extremamente técnicos e dedicados ao que fazem. Houve um período de equilíbrio entre os dois, porém, atualmente, é Velasquez quem tem vantagem técnica sobre o adversário. Claro que isso não é sinônimo de invencibilidade para o lutador, principalmente se observarmos a dedicação que Junior Cigano tem.
Confio no nosso lutador e sei que esse novo esforço terá resultados muito positivos para o MMA brasileiro. Creio que chegará a hora de retomarmos o cinturão dos pesados do UFC.
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