Por: Leyberson Pedrosa, via EBC.
A Agência Nacional de Telecomunicações
(Anatel) começou, nesta terça-feira (18), a passar um pente-fino na
rede de telecomunicação para identificar os modelos de celulares piratas
que existem no Brasil. A partir do levantamento, a Anatel pretende implementar um série de medidas para que os aparelhos sem homologação não funcionem com os chips das operadoras brasileiras.
Contudo, não há um prazo para o início do bloqueio de celulares não
homologados e a ação não deve atingir a Copa do Mundo de 2014. De acordo
com a Anatel, a primeira etapa do levantamento dos aparelhos celulares
no país está sendo realizado pelo Sistema Integrado de Gestão de
Aparelhos (Siga) em fase experimental. O bloqueio dependerá do anúncio
de medidas futuras para garantir o acesso às redes somente de aparelhos
regulares.
Popularmente, esses equipamentos irregulares são conhecidos como
celulares piratas ou xing-ling (uma vez que a maioria é produzida na
China a baixos custos de produção). Os aparelhos podem possuir marcas
próprias ou copiar nome e visual de outras fabricantes.
Segundo a agência, o objetivo da ação é retirar gradualmente do mercado
equipamentos de baixa qualidade que entram no país por meio de
contrabando. As medidas também podem abranger outros equipamentos como
tablets que utilizam o sinal de rede móvel (3G ou 4G) e que não foram
devidamente cadastrados no país.
Mesmo que o aparelho tenha capacidade técnica de funcionamento, todo equipamento que emita sinais de radiofrequência precisa ser certificado pela Anatel para funcionar no Brasil.
A partir daí, ganham um número de homologação e o celular é
identificado com um símbolo da Anatel. A Anatel analisa critérios
técnicos e de segurança para evitar interferência entre diferentes
dispositivos ou riscos de dano à saúde do usuário.
Na primeira fase do Siga, a agência pretende identificar quais
celulares em operação estão regulares e quais não estão. Posteriormente,
a agência poderá impedir novas habilitações em celulares piratas. Em
tese, quem tiver um aparelho não homologado e já ativado poderá
continuar a usá-lo até o momento em que for necessário substituí-lo.
Mesmo assim, em nota de esclarecimento sobre o tema, a Anatel recomenda que os consumidores "não comprem aparelhos de telefone, fixos ou celulares, sem o selo da Agência".
É possível consultar se um produto é homologado pela Anatel. Para isso, acesse o site da agência e detalhe as informações no filtro da pesquisa.
O que é o IMEI do celular?
O IMEI (International Mobile Equipment Identity / Identificação
Internacional de Equipamento Móvel) é como se fosse a identidade do
aparelho para a rede. Uma vez o aparelho roubado, por exemplo, o dono
pode informar o número do IMEI (presente na caixa do produto e nó
próprio aparelho) para a operadora, inutilizando o aparelho para
habilitações do sinal.
Se o aparelho não for homologado, o número individual e internacional
de identificação do equipamento, conhecido como IMEI, não estará no
banco de dados de aparelhos regulares das operadoras brasileiras.
Atualmente, qualquer celular com um número de IMEI é ativado
automaticamente, bastando apenas ao consumidor comprar um chip e
cadastrar o seu número de CPF e endereço.
Uma dica sempre válida é anotar o número do IMEI e guardá-lo em lugar
de fácil acesso como, por exemplo, em seu e-mail. Para encontrá-lo na
maioria dos aparelhos, basta digitar *#06#. O aparelho deve mostar uma
sequência de 17 números. Caso não apareça nada, olhe atrás do aparelho.
Franz diz: a medida é interessante para evitar o uso de celulares piratas, porém ela ganharia força e apoio popular se houvesse uma redução sensível dos preços dos celulares originais. Os atuais aparelhos vendidos de forma legal, oriundos de fontes seguras, são caros demais para os padrões brasileiros; mesmo quando baratos, as funções disponíveis são insignificantes para o usuário moderno. É preciso combater a pirataria, mas é vital respeitar o usuário que já paga um absurdo de impostos.
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