Texto: Franz Lima.
Serei o mais sincero possível: eu não conheço as obras de Oliver Sacks. Também não sei nada sobre a pessoa do escritor. Mas nada disso me impede de admirar o ser humano que se mostrou superior à proximidade da morte.
Serei o mais sincero possível: eu não conheço as obras de Oliver Sacks. Também não sei nada sobre a pessoa do escritor. Mas nada disso me impede de admirar o ser humano que se mostrou superior à proximidade da morte.
Sacks tem pouco tempo de vida em função de um câncer terminal. Ao contrário de muitas pessoas, o escritor e neurologista mostrou uma calma incomum diante do inevitável, fato que me surpreendeu.
Através de uma carta aberta ao público, ele agradeceu pelo tempo de vida que lhe foi concedido, por ter escrito suas obras, pela companhia das pessoas que ama e, principalmente, pelo tempo que lhe resta.
Mas, acima de tudo, Oliver Sacks deixa um legado ainda maior que suas obras literárias e os trabalhos como neurologista. Ele nos presenteou com um exemplo incontestável de sabedoria. Não a sabedoria adquirida através dos livros. Não a sabedoria de um profissional competente. O que fica é a sabedoria de um homem que aceitou a inevitabilidade do curso normal da vida e contrariou todas as expectativas ao ser grato pelo que passou. Muitos, na mesma situação, buscariam na revolta e no ódio as ferramentas para refutar a morte. Outros iriam se encolher em um mundo próprio e aguardar o óbvio. Porém ele irá continuar até onde for possível, viverá cada segundo com a maior intensidade e será, certamente, um homem melhor para todos que ele ama.
A despedida pode ser muito menos dolorosa com uma atitude similar a esta. Por mais difícil que seja, é possível partir e deixar as melhores lembranças que a situação permite e, ainda, uma lição de vida.
Morrer, mostra-nos Sacks, é a sina de todos. Morrer com dignidade é a escolha que podemos fazer.
Eu guardarei este exemplo até o fim de meus dias.
Mas, acima de tudo, Oliver Sacks deixa um legado ainda maior que suas obras literárias e os trabalhos como neurologista. Ele nos presenteou com um exemplo incontestável de sabedoria. Não a sabedoria adquirida através dos livros. Não a sabedoria de um profissional competente. O que fica é a sabedoria de um homem que aceitou a inevitabilidade do curso normal da vida e contrariou todas as expectativas ao ser grato pelo que passou. Muitos, na mesma situação, buscariam na revolta e no ódio as ferramentas para refutar a morte. Outros iriam se encolher em um mundo próprio e aguardar o óbvio. Porém ele irá continuar até onde for possível, viverá cada segundo com a maior intensidade e será, certamente, um homem melhor para todos que ele ama.
A despedida pode ser muito menos dolorosa com uma atitude similar a esta. Por mais difícil que seja, é possível partir e deixar as melhores lembranças que a situação permite e, ainda, uma lição de vida.
Morrer, mostra-nos Sacks, é a sina de todos. Morrer com dignidade é a escolha que podemos fazer.
Eu guardarei este exemplo até o fim de meus dias.
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