A área de ciências sociais também será afetada. Ministro da
Educação pede para que cursos ‘contemplem as necessidades da sociedade’
Fonte: Terra. Comentários: Franz Lima.
Vários cursos de ciências sociais e humanas serão cancelados no Japão
após um pedido para que universidades “sirvam áreas que contemplem as
necessidades da sociedade”. As informações são do site Times Higher
Education .
Das 60 universidades nacionais que oferecem cursos nessas
disciplinas, 26 confirmaram que irão cancelar ou reduzir essas matérias
conforme o pedido do governo japonês.
A ação se deu após o ministro da Educação, Hakuban Shimomura, enviar
uma carta às 86 universidades nacionais do Japão pedindo que “tomem
ações para abolir organizações (de ciências sociais e humanas) ou sirvam
áreas que contemplem as necessidades da sociedade”.
O decreto ministerial foi colocado pelo presidente de uma das
instituições como “anti-intelectual”, enquanto as universidades de Tokyo
e Kyoto, as mais prestigiadas do país, afirmaram que não irão acatar o
pedido.
No entanto, 17 universidades irão parar de recrutar estudantes para
cursos nas áreas de humanas e ciências sociais, incluindo direito e
economia, de acordo com uma pesquisa feita pelo jornal The Yomiuri
Shimbun.
Segundo o estudo, o Conselho de Ciência do Japão expressou em agosto
uma “profunda preocupação com o provável impacto que a ação
administrativa teria sobre o futuro das ciências sociais e da área de
humanas no Japão”.
Acredita-se que o pedido seja parte dos esforços do presidente Shinzo
Abe para promover o que ele chama de “vocações educacionais mais
práticas que satisfaçam as necessidades da sociedade”.
Porém, a ação também pode ser conectada com a atual pressão
financeira sobre as universidades japonesas, relacionada ao baixo índice
de natalidade e a diminuição do número de estudantes. Esses fatores
contribuem para que muitas instituições funcionem 50% abaixo de sua
capacidade.
Franz diz: "O estudo das ciências sociais e humanas é vital para a manutenção de nossa memória e para a compreensão do homem e suas complexidades. Extinguir o estudo de tais ciências é um crime contra o patrimônio histórico e cultural.
Compreendo que há a necessidade de ampliar-se o estudo - e a consequente formação de especialistas em áreas como mecatrônica, tecnologia da informação, física nuclear, engenharia de produção, etc -, mas a necessidade de um aumento dos estudantes em áreas exatas não é justificativa para a extinção de cursos que formem filósofos, historiadores, sociólogos e outros pensadores. As ciências humanas foram primordiais para os principais momentos da história da humanidade, qual a lógica em acabar com isso?
Qualquer pode optar pelo aprofundamento na área de estudo que bem entender, porém isso pode ser feito com a coexistência - como sempre foi - das ciências exatas e as humanas.
Triste atitude de quem visa, acima de tudo, o lucro e a imposição do poder. Acho improvável que isso vá obter maior apoio, mas é preciso lembrar que muitos admiram o Japão como potência econômica e educacional, fato que por si só pode implicar em imitação por outros países.
Franz diz: "O estudo das ciências sociais e humanas é vital para a manutenção de nossa memória e para a compreensão do homem e suas complexidades. Extinguir o estudo de tais ciências é um crime contra o patrimônio histórico e cultural.
Compreendo que há a necessidade de ampliar-se o estudo - e a consequente formação de especialistas em áreas como mecatrônica, tecnologia da informação, física nuclear, engenharia de produção, etc -, mas a necessidade de um aumento dos estudantes em áreas exatas não é justificativa para a extinção de cursos que formem filósofos, historiadores, sociólogos e outros pensadores. As ciências humanas foram primordiais para os principais momentos da história da humanidade, qual a lógica em acabar com isso?
Qualquer pode optar pelo aprofundamento na área de estudo que bem entender, porém isso pode ser feito com a coexistência - como sempre foi - das ciências exatas e as humanas.
Triste atitude de quem visa, acima de tudo, o lucro e a imposição do poder. Acho improvável que isso vá obter maior apoio, mas é preciso lembrar que muitos admiram o Japão como potência econômica e educacional, fato que por si só pode implicar em imitação por outros países.
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