Por: Isabela Niella. Curta nossa fanpage: Apogeu do Abismo
Eu gostaria de saber o que passa na cabeça dos homens para acreditarem que toda a responsabilidade de manter uma casa, física e economicamente é das mulheres.
Eu gostaria de saber o que passa na cabeça dos homens para acreditarem que toda a responsabilidade de manter uma casa, física e economicamente é das mulheres.
Nos dias
atuais, vemos cada vez mais mulheres exercendo o papel de chefe da família,
mesmo que elas sejam casadas. Se de um lado elas trabalham fora, pagam as
contas e ao chegar em casa precisam gerenciar os problemas domésticos, lavar,
passar, cozinhar e cuidar da casa e das pessoas de um modo geral, estando
cansadas ou não, doentes ou não; do outro lado, os homens... O que eles fazem
mesmo?
Eu achava que certas coisas só aconteciam
comigo e com isso me culpava por não tomar determinadas atitudes, mas venho percebendo,
em conversas com amigas, que não sou a única e que o comportamento masculino
mudou radicalmente nos últimos anos. Claro que não posso generalizar, creio que
existam homens que são companheiros de suas esposas (só não tenho provas dessa
existência), mas se observarmos bem, em sua maioria e de formas variadas, os
homens vêm fugindo de suas responsabilidades. Se antigamente ele era o chamado
provedor e fazia da mulher sua empregada particular, no qual os papéis estavam
bem divididos, hoje em dia com toda essa modernização, com a entrada maciça da
mulher no mercado de trabalho, eles resolveram que não precisam fazer mais
nada, ou fazer o mínimo possível.
Podem estar dizendo agora: lá vem mais uma
feminista! É uma mal amada! Não é isso. Todos sabemos que quando uma equipe
trabalha com união e em harmonia todos ganham. Ninguém se sobrecarrega, cada um
faz o que lhe cabe, mas tem o discernimento de ajudar o outro se sua tarefa já
tiver sido concluída. Se num ambiente de trabalho no qual todos contribuem para
o objetivo final da empresa, a sensação de dever cumprido e a satisfação
pessoal e profissional é garantida, imagine se o mesmo ocorresse dentro de
nossos lares? Imagine um lar no qual todos estão unidos nas melhores e nas
piores situações, sem ninguém reclamando de excesso de trabalho ou de estresse.
Vivendo em harmonia, paz, comemorando juntos e secando as lágrimas juntos,
abraçados e felizes independente dos problemas.
As sociedades são formadas de pequenas células
chamadas família que independente de sua constituição (pessoas pertencentes),
vão determinar se essa mesma sociedade é saudável ou não. Não há sociedade
próspera sem que suas células estejam trabalhando em harmonia. Acredito que a
maioria dos problemas atuais, a violência, a corrupção, o adultério, entre
outros que degradam tanto a nossa sociedade, advém de células que doentes,
expelem indivíduos capazes de desarmonizar e prejudicar o todo.
Mas como ser feliz em família? Não existe uma
regra ou uma fórmula para isso, o que podemos fazer é trabalhar em equipe,
valorizar mais cada membro da família. E tudo começa quando nos perguntamos:
qual o meu papel? Que posso fazer para contribuir? O que eu faço que prejudica
ou adoece minha família? Sou egoísta? Sou orgulhoso(a)?
Quando eu passo a me conhecer melhor consigo
distinguir os meus equívocos e meus acertos. E não preciso tecer explicações de
como tudo passa a funcionar corretamente quando cada um cumpre com suas
responsabilidades e todos se ajudam mutuamente.
Por que então somente nós mulheres temos que
nos sobrecarregar? Acho que já passou da hora de todos nós adquirirmos a
maturidade necessária para tornar saudáveis estas células tão importantes para
nossa sociedade. Chegou a vez de crescermos juntos em prol de um bem maior.
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