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Era um encontro inevitável. De um lado, a Caveira querendo
publicar revelações do terror nacional. Do outro, um farmacêutico carismático
com um toque de “O médico e o monstro” desejando dar voz as possibilidades
sombrias que corriam em suas veias.
O pacto foi selado em latim e da união entre Cesar Bravo e a
editora mais sombria do mercado nasceu um livro visceral. ULTRA CARNEM expande
a sua obra mais popular, com quatro histórias que despem o irreal e tem como
elo um olhar sarcástico de quem observa o mundo e compreende que na disputa
entre o Céu e o Inferno nós somos o prato principal. Narrativas insanas,
repletas de pactos, demônios, conversas capciosas, sangue, socos na boca do
estômago e... bom, a gente não vai contar tudo.
Só o que podemos revelar é que ULTRA CARNEM expande em muito
a mitologia criada por Cesar Bravo, dando detalhes assustadores sobre a
infância e a obra maldita de Wladimir Lester, o estranho menino pintor. Além
disso, o autor mostra até onde vai a fome de um homem desesperado pela fama ou
por uma vida mais digna por direito. A caminhada segue sem pudores expondo a
fragilidade de cada um de nós. Por fim, o leitor fica com a sensação de que
nós, humanos, não devemos bancar o esperto. E que não existe a possibilidade de
enganarmos o céu e o inferno.
A incursão de Bravo na literatura de horror aconteceu bem
cedo, influenciada por sua personalidade e gosto pessoal. Mergulhado nos
livros, nos filmes ou na arte em geral, não importava: essa atmosfera macabra
esteve sempre presente. Em meados de 2011, abraçou o medo como matéria prima e
decidiu dar início a uma carreira na literatura. Após autopublicar antologias e
romances na Amazon, ele foi ganhando cada vez mais visibilidade e se tornou
querido e admirado entre os fãs de terror nacional. Em 2013, foi premiado no
concurso de Novos Talentos da Literatura realizado pela FNAC.
Cesar é um admirador e seguidor dos grandes mestres, devoto
de Edgar Allan Poe e H.P. Lovecraft. Com uma voz única e muito brasileira, o
terror nacional volta a respirar na pele da nova geração de autores e leitores
sedentos por histórias que deem voz a nossa identidade, mas que nos levem muito
além da carne.
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