Por: Franz Lima. Curta nossa fanpage: Apogeu do Abismo.
A trama desse terceiro episódio ganha uma bela referência à Alice no
País das Maravilhas. Aliás, é esse livro que Dolores ganha como presente, algo
que aguça as memórias dela, inclusive as que deveriam ter sido apagadas.
Reencontramos alguns personagens do segundo episódio cuja pertinência à
história ganha realce. Dolores e a prostituta dona do Saloon Mariposa são
apenas alguns exemplos.
Tal como Alice que vive suas aventuras e pensa estar sonhando, assim
são os personagens robóticos que vivem para entreter, mas, em um recanto
escondido de suas “almas”, querem acordar e ter suas vidas para si.
A cena abaixo é a que mais apareceu em todos os episódios até agora.
Essa cena serve para evidenciar o papel real dos androides como meros atores em
um gigantesco e grotesco teatro. As máquinas são meros objetos de diversão, não
importa o quanto ‘sofram’ para manter a encenação.
“Em tempo: o termo ciborgue serve para designar um híbrido entre
máquina e homem, seja por meio de aperfeiçoamentos ou alguém com peças que
substituam membros. Já o androide é, especificamente, uma máquina com aparência
humana. Logo, Westworld tem androides, não ciborgues.”
Há um ponto ainda obscuro na trama: o papel dos funcionários do parque
nessa silenciosa revolução que está afetando as máquinas. Desde Ford até
Bernard, parece que muita gente está direta e indiretamente envolvida nessa
sutil mudança de comportamento dos androides.
Detalhes dos papéis de Teddy e Dolores são revelados. Um novo elemento
do passado de Teddy é acrescentado por Ford; um elemento que irá trazer o caos
à vida do cowboy. Um vilão que faz parte do passado dele e voltou para
atormentá-lo. Alguém mais violento e cruel que o Homem de Preto. Seu nome:
Wyatt.
Mas as surpresas não param por aí. Um fantasma do passado retorna para
atormentar a equipe de Westworld. Pequenas falhas foram diagnosticadas, mas o
problema maior está em haver “vozes” nas mentes dos androides. A voz é de
alguém muito importante para o projeto, um homem ainda desconhecido do público,
mas vital para a idealização do parque temático. Alguém distante há anos que
teria conhecimento suficiente para implantar uma janela de programação, algo
muito próximo a uma falha programada ou um acesso a um programador específico.
Será?
Nesse intervalo, Teddy e uma visitante, acompanhados por homens da lei,
partem para capturar Wyatt. Enquanto isso, outra perseguição acontece, já que
uma equipe de técnicos do parque descobre um anfitrião em fuga.
Novos detalhes sobre a metodologia de trabalho dentro de Westworld, o
parque, são revelados. Aparentemente os funcionários vivem em um regime de
trabalho bem próximo ao que conhecemos em plataformas de petróleo ou em centros
de pesquisa na Antártida ou outro lugar distante. As pessoas ficam em um regime
fechado, por um período determinado, podendo se comunicar apenas por meio de um
programa próprio com seus familiares. Logo, a dedicação para estar entre os
responsáveis pelo projeto é muito maior do que imaginamos.
Para melhorar ainda mais o episódio, que começou cheio de tensão e
ação, há uma pequena passagem onde são revelados mais detalhes sobre a
estrutura dos androides. Sensacional.
Voltamos às caçadas: por Wyatt e seu bando e, ainda, pelo anfitrião
desgarrado. Tudo que poderia dar errado acontece, fatos que por si só mostram a
instabilidade dentro do parque. Não há nada que possa ser previsto à perfeição.
Erros existem. Isso sem contarmos com um fator que está presente desde a
primeira aparição do Homem de Preto: a liberdade que certos convidados
compraram.
Então, meu amigos, finalizo com um aviso: mudanças estão ocorrendo em
um ritmo acelerado. Mudanças para o bem e para o mal. Mudanças que não estão
incluídas no organizado universo planejado que conhecemos por Westworld. Logo,
a engrenagem pode quebrar a qualquer momento.
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