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Star Wars - O Despertar da Força. Mais do mesmo ou apenas crítica exagerada dos fanboys?


Um filme com um potencial incrível, mas que preferiu seguir pela trilha daquilo que já havia dado certo.
A trama engloba personagens com grande potencial como Kylo Ren, Rey, Finn e Poe Dameron que são enquadrados como protagonistas. Mas houve um deslize durante a narrativa que truncou demais a história e nos deu, ao contrário das expectativas, um reflexo de cenas e situações antes vistas. A sensação é que estamos revendo os três primeiros episódios (IV, V e VI) em formato compacto, melhores momentos. Isso não dá certo.


Texto: Franz Lima
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Há boas coisas em O Despertar da Força? Óbvio que sim. O simples fato de termos uma retomada da série nos cinemas é uma vitória. O que incomoda é a persistente sensação de que tudo isso foi feito apenas pelo dinheiro da arrecadação e das vendas de produtos relacionados.
E o que me leva a afirmar que a receita é, basicamente, “mais do mesmo”?
Vejam...
Kylo Ren é uma versão branda de Darth Vader. Há uma luta nele para permanecer no lado negro da Força e isso está bem claro no filme. Rey é uma versão nova e menos frágil da princesa Leia. Finn assume a posição de Han Solo, ainda que com outras habilidades. Poe, por sua vez, faz o papel de Luke Skywalker, incluindo sua capacidade de pilotar naves.
Não dá para esquecer-se de citar o BB-8 que é uma versão redonda e ágil do R2-D2 e tão carismática quanto  este último.
E isso é péssimo? Não. Na verdade o filme flui bem. O que incomoda, repito, é a falta de novidades em um filme que tem como base a mitologia Star Wars, um universo inteiro para criar, ampliar e trazer inovações.

Nota: boa parte da decepção do público veio da expectativa gerada pelos trailers. A edição e o clima de algo à altura dos episódios IV, V e VI em um único filme não foram apresentados com eficiência nesse novo episódio.

Os novos vilões não convencem. O mestre de Kylo Ren não teve tempo de exposição suficiente para se mostrar, ao contrário do que ocorreu com o Dath Sidious. Novamente outra “coincidência” entre as tramas que provoca a sensação de Déjà Vu.
Entretanto, a retomada de uma força capaz de destruir a República pareceu ser mais coerente que as anteriores. A Primeira Ordem, denominação dessa força, se mostrou menos permissiva e assumiu as rédeas do próprio destino ao destruir impiedosamente bilhões de vidas. O discurso de um dos líderes está bem próximo daqueles que a história registrou nos quais Hitler (sob o auspício da bandeira nazista) inflamava seu povo a destruir a escória (todos que fossem contra seu regime). Primeira Ordem ou Terceiro Heich são nomes parecidos de regimes déspotas desprovidos de sentimentos para com os inimigos. A frieza está presente nas palavras e ações.
O decorrer da história mostra a ascensão de Rey e a fragilidade sentimental de Kylo Ren. Ambos são poderosos, mas Rey tem muito da Força em si. Kylo é forte e consegue manipular o Lado Negro como poucos, porém sua vontade em ser tão importante e forte como Darth Vader é um ponto negativo em sua índole.
Destaque para as participações de Han Solo, Leia e Chewbacca que voltam à ação mais velhos, sábios e capazes de despertar em nós, espectadores, uma carga emocional grande. O destino mudou bastante suas situações desde o final de episódio VI (O Retorno de Jedi). Esse mesmo destino reserva surpresas impactantes às personagens.
A busca de Solo pelo filho deu um toque emocional à trama muito bom. Esse lado emocional serviu para comprovar que nossas decisões podem ser determinantes para o futuro. Ren fez sua escolha. Solo também. Ambos assumiram suas parcelas de culpa no desfecho do encontro de pai e filho.
Quanto ao combate de Finn e Rey contra Kylo Ren, o final poderia ser bem melhor se não houvesse um detalhe dramático dispensável e forçado que impediu o prosseguimento da luta. Mas, esse é o padrão George Lucas de desfecho.
A procura por Luke é outro ponto que irritou muito os fãs por motivos óbvios. Sua participação foi rápida e acrescentou pouco à história, o que deixa a entender que o próximo episódio terá mais dele, talvez como mestre da Rey. O que ficou estranho na descoberta do paradeiro dele foi a forma como R2-D2 se reativou. Muito conveniente para o roteirista, mas forçado para o espectador.
Seja como for, resta aguardar por um episódio VIII com menos lacunas e mais evoluído em matéria de roteiro. A direção de J.J. Abrams ficou muito abaixo do que ele fez com a franquia Jornada nas Estrelas, provavelmente por causa de pressões do estúdio e dos produtores executivos, mas há cartas escondidas como a Capitã Phasma (interpretada por Gwendoline Christie, a Brieene de Game of Thrones) e o Líder Supremo (interpretado por Andy Serkis).  Que o saudosismo seja posto de lado em nome de uma continuidade à altura do universo criado por George Lucas.
P.S.: Star Wars – Rogue One foi muito, muito melhor que esse episódio da saga. Logo, dá para corrigir os pontos fracos e transformar o que resta da saga em algo à altura das expectativas dos fãs antigos e novos.

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