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Novos livros e alguns relançamentos pela Companhia das Letras.

Companhia das Letras

A árvore de Gernika, de G. L. Steer (tradução de Claudio Alves Marcondes)
Em julho de 1936, o general Francisco Franco liderou uma revolta conservadora contra o governo de esquerda da República da Espanha. O levante durou até abril de 1939 e esteve na origem da guerra Civil Espanhola, um dos mais sangrentos conflitos civis do século xx. Publicado em forma de livro em 1938, A árvore de Gernika é um relato dessa guerra. Combatendo ao lado dos Bascos, o jornalista G. L. Steer acompanhou no front os lances decisivos da batalha vencida pelo general Francisco Franco. Seu texto sobre a destruição da cidade de Guernica, publicado na imprensa na época e presente neste livro, inspirou o artista Pablo Picasso a pintar a obra-prima homônima e despertou o mundo para as atrocidades do conflito.
A luta corporal, de Ferreira Gullar
Publicado em 1954, A luta corporal é o segundo livro de poemas de Ferreira Gullar. Foi com essa obra que o jovem poeta chamou atenção na cena literária brasileira, despertando o interesse de Oswald de Andrade e dos poetas concretistas Haroldo e Augusto de Campos, de quem se aproximou. Alguns poemas desintegravam a sintaxe e se preocupavam com a disposição gráfica do verso na página. Além de experimentos estéticos radicais, os poemas trazem uma reflexão sobre o tempo e a morte, assinalando a entrada de uma voz autoral e potente na poesia brasileira. A edição da Companhia das Letras traz posfácio inédito de Miguel Conde.
Uma história do samba, de Lira Neto
Depois da aclamada trilogia biográfica de Getúlio Vargas, Lira Neto se lançou ao desafio de contar a história do samba urbano. Em sua nova empreitada (de fôlego!), o escritor cearense pretende retraçar, com sua verve narrativa singular, o percurso completo desse ritmo sincopado que é um dos sinônimos da brasilidade. Em virtude da riqueza e da amplitude do material compilado, recheado de documentos inéditos e registros fotográficos, o projeto será desdobrado em três volumes - neste primeiro, Lira leva o leitor das origens do samba até o desfile inicial das escolas de samba no Rio. O samba carioca nasceu no início do século XX a partir da gradativa adaptação do samba rural do Recôncavo baiano ao ambiente urbano da então capital federal. Descendente das batidas afro-brasileiras, mas igualmente devedor da polca dançante, o gênero encontrou terreno fértil nos festejos do Carnaval de rua. Nas décadas de 1920 e 1930, com o aprimoramento do mercado fonográfico e da radiodifusão, consolidou seu duradouro sucesso popular, simbolizado pelo surgimento das primeiras estrelas do gênero e pela fundação das escolas de samba.
Na vertigem do dia, de Ferreira Gullar
Na vertigem do dia foi publicado originalmente em 1980. Trata-se do livro seguinte ao célebre Poema sujo, lançado em 1976. O título é coerente com a trajetória de um poeta para quem a poesia nasce do espanto. A vertigem está no atropelo das coisas, dos ritmos metropolitanos, dos fatos incontroláveis, da memória, dos valores em combate dentro do sujeito. Sofrendo a divisão que se opera entre a necessidade da resistência política à opressão das ditaduras militares - Gullar conheceu por dentro também a do Chile e a da Argentina - e o reconhecimento das pulsões pessoais, a poesia se faz em meio à conciliação entre o gesto revolucionário e o espelho lírico. A edição da Companhia das Letras traz um posfácio inédito de Alcides Villaça.

Paralela

 
Talentoso, inteligente e festeiro, Dean Di Laurentis sempre consegue o que quer. Sexo, notas altas, sexo, reconhecimento, sexo… É sem dúvida um galanteador de primeira, e ainda está para encontrar uma mulher imune ao seu charme descontraído e seu jeito alegre de encarar a vida. Isto é, até ele se envolver com Allie Hayes. Em uma única noite, essa jovem atriz cheia de personalidade virou o mundo de Dean de cabeça para baixo. E agora ela quer que eles sejam apenas amigos? Dean adora um desafio, e não vai medir esforços para convencer essa mulher tão linda quanto teimosa de que uma vez não é suficiente. Mas o que começa como um simples jogo de sedução logo se torna a experiência mais incrível e surpreendente de sua vida. Afinal, quem disse que sexo, amizade e amor não podem andar de mãos dadas?

Alfaguara

O rei de Havana, de Pedro Juan Gutiérrez
Cuba, anos 1990. Após fugir de um reformatório, o jovem Reinaldo vaga pelas ruas em busca de abrigo e comida. Sem família, amigos ou qualquer objetivo de vida, Rei procura viver minuto a minuto. Enquanto caminha sem rumo, pedindo esmolas e lutando para sobreviver, ele convive com os mais diversos tipos do submundo cubano: mendigos, bêbados, travestis, prostitutas, traficantes, ladrões e vendedores ambulantes, todos famintos e atormentados pela miséria. Apesar do sofrimento diário em uma cidade imunda e arruinada, essa gente permanece invulnerável, buscando no amor, no sexo e na diversão algo que torne a vida menos amarga. Neste romance contundente, Pedro Juan Gutiérrez explora os limites da dignidade humana.

Seguinte

A traidora do trono, de Alwyn Hamilton
Amani Al'Hiza mal acreditou quando finalmente conseguiu fugir de sua cidade natal nos confins do deserto, montada num cavalo de areia com Jin, um forasteiro misterioso. Em pouco tempo, porém, sua maior preocupação deixou de ser sua própria liberdade: a garota descobriu ter muito mais poder do que imaginava e acabou se juntando à rebelião, que luta para livrar o país inteiro do domínio de um sultão sanguinário. Em meio às perigosas batalhas, Amani é traída quando menos espera e acaba se tornando prisioneira no palácio. Enquanto pensa em um jeito de escapar, ela tenta se aproximar do sultão para descobrir informações úteis para a causa rebelde. Contudo, quanto mais tempo passa ali, mais ela questiona se o governante é de fato o vilão que todos acreditam, e quem são os verdadeiros traidores do país.

Reimpressões

Comunidades imaginadas, de Benedict Anderson
Viva a língua brasileira, de Sérgio Rodrigues
Todas as histórias do analista de Bagé, de Luis Fernando Verissimo
Retalhos, de Craig Thompson
O mundo de Sofia, de Jostein Gaarder
A sala dos répteis, de Lemony Snicket
Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago
Na natureza selvagem, de Jon Krakauer
O castelo, de Franz Kafka

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