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Dear Mr. Watterson - Documentário comprova a genialidade do criador de Calvin e Haroldo.



Há muitos anos eu conheci uma dupla que me trouxe muita, muita alegria a cada vez que nos encontrávamos. Um deles era um menininho loiro, pequenino e com a imaginação mais fértil que já vi em toda a minha vida. O outro... bem, o outro era um tigre, fruto da já citada imaginação fértil, mas que sempre me pareceu tão vivo quanto eu. Caso ainda não saibam de quem estou falando, trata-se da dupla mais genial que já vi nos quadrinhos: Calvin e Haroldo (no original, Calvin and Hobbes).


Calvin e Haroldo são criações do desenhista e escritor Bill Watterson, um homem que inspirou incontáveis desenhistas a seguir sua trilha. Watterson fez muito sucesso com suas personagens ao ponto de jamais imaginarmos o fim de suas tirinhas. Isso mesmo, ele ganhou o mundo através dos jornais e foi, provavelmente, tão lido quanto o Spirit de Will Eisner e as personagens da Disney. Diante de tanto sucesso, quem poderia imaginar que ele encerraria definitivamente seu trabalho com a dupla? O que o levou a acabar com aquilo que lhe trouxe dinheiro e fama?

O documentário Dear Mr. Watterson, lançado em 2013, não aborda as aventuras e desventuras de Bill Watterson. Na verdade, o filme mostra as experiências e relatos de pessoas que cresceram ao lado do garotinho e seu tigre. A cada depoimento é possível ver o nível de influência e a profundidade dos quadrinhos criados por Watterson. A amplitude, as aventuras, as análises filosóficas dos acontecimentos, a exaltação ao uso da imaginação e, mais do que outros fatores, a facilidade com que essas tirinhas cativam o leitor comprovam que, indubitavelmente, Calvin e Haroldo está muito além do quadrinho comum. Podemos dizer que suas histórias se enquadram perfeitamente no conceito de “extraordinário”.

Outro ponto em comum a todos os depoimentos está nos laços afetivos criados pela dupla. É aparentemente impossível não gostar deles, fato comprovado pelo esforço de pais em todo o mundo para apresentar a seus filhos algo que eles amam.

Mas Watterson não foi sempre esse homem de sucesso. Na verdade, desde o fim dos anos 70 ele tem buscado o sucesso nos quadrinhos, algo realmente alcançado somente através de Calvin e Haroldo. Isso, contudo, não significa que seu talento era menor. Na verdade, Bill Watterson sempre teve um traço muito definido e próprio, além do uso do humor em doses corretas nas suas tirinhas. Ele e suas criações foram inspiração para incontáveis artistas ao redor do mundo. Ao assistirem o documentário, verão que há uma unanimidade sobre a qualidade gráfica e literária das tirinhas de Watterson.

Alguns depoimentos são emocionantes, seja por comprovarem a influência das tirinhas de Bill em suas vidas, seja por frisarem o fato de que muitos novos desenhistas e roteiristas se inspiram até hoje nos trabalhos dele. E essa ligação não é somente por causa do sucesso de Calvin e Haroldo; essa ligação se dá em função do conteúdo por trás das hqs: profundidade, humor, crítica social, criatividade, inocência, histórias únicas e personagens que são inesquecíveis.

Claro que Bill sofreu influências de outros desenhistas. Isso é parte do ciclo do aprendizado, parte integrante do viver e crescer. Essa mesma influência pode ser vista em trabalhos de artistas do porte de Will Eisner (sim, o mestre se espelhou em alguém até ter seu traço definido), Jeff Smith, Walt Kelly, Quino, Charles Schulz e tantos outros. O legal nesse documentário é ver artistas renomados que não negam a influência do traço e do roteiro de Watterson em Calvin e Haroldo. Afinal, poucos “comics” foram tão influentes na história da Nona Arte.

Uma das cenas mais legais de Dear Mr. Watterson é o encontro do diretor com as tiras originais de Bill, guardadas em um local próprio na sua cidade. O olhar do jovem diretor revela uma admiração enorme pelo trabalho, assim como destaca o quanto ele sabe da importância do que está em suas mãos. Mais do que desenhos, cada uma das tirinhas faz parte do processo criativo do artista. O diretor Joel Allen Schroeder obteve um privilégio que muitos artistas gostariam de ter na vida e, do mesmo modo, nós, espectadores, também pudemos compartilhar desse deleite. 

Arte menor?

Esse é um questionamento e uma impressão que estão fixados na mente de incontáveis pessoas. Para estas, os quadrinhos – especialmente as tirinhas – são puro entretenimento, nunca dignas de serem classificadas como arte. Esse, caros amigos, é um erro terrível, já que muitas pessoas (independentemente da idade) deixam de ler as tirinhas e quadrinhos por puro preconceito.

A verdade? Tirinhas são expressões de um autor. A profundidade de seus conteúdos, obviamente, depende de quem as produz. No caso de Bill Watterson, suas tirinhas (e as páginas dominicais) têm conteúdo, levam o leitor à reflexão e destacam várias nuances da vida normal, coisas que poderiam passar despercebidas por nós.

Partindo do apontamento acima, sou “obrigado” a destacar que as tirinhas são expressões de arte. Elas, tal qual a “arte consagrada”, dependem da visão e da narrativa de seus criadores. O preconceito por trás da arte de jornal é fruto do questionamento acerca do alcance e da trama embutida em uma tirinha. Bem, gostem ou não, poucas histórias possuem tanto a ser refletido quanto as histórias do pequeno Calvin e seu amigo Haroldo. A bem da verdade, o trabalho de Watterson tem muito mais pertinência e reflexão que alguns livros lançados.

Agora algo deve ser bem esclarecido. A arte em quadrinhos depende de espaço para ser desenvolvida. Eisner, Walt Kelly e outros grandes das tirinhas tinham, em suas épocas, espaço para criar histórias com visual impressionante. Isso, claro, se devia ao tamanho disponibilizado nos jornais para que criassem. Hoje, infelizmente, as tirinhas estão cada vez menores, o que não ajuda no trabalho criativo do ilustrador e, quando cabe, do roteirista. Menos espaço é sinônimo de arte menos trabalhada, de roteiros curtos e – por vezes – rasos. 

O que levou ao fim da “carreira” de Calvin e Haroldo?

Essa é uma questão que eu levei comigo por anos. Por que Bill não prosseguiu com mais histórias de sua dupla e, acima de tudo, por que não permitiu que as personagens ganhassem o mercado através de brinquedos, cadernos e tudo mais que vemos diariamente em personagens como Garfield, Snoopy, Bone e muitos mais?



A resposta à pergunta acima é simples: Bill Watterson não queria desvirtuar suas criações. Ao expô-las como produtos vendáveis (fora do universo das tirinhas e quadrinhos), estaria canibalizando sua obra. Afinal, Calvin e Haroldo têm vida quando em HQs ou jornais, mas isso não se dá quando se transformam em papel de carta, bonecos, pelúcias e tudo mais que encontramos em outras criações que foram comercializadas até o esgotamento.

De certo modo, ao “vender” sua criação para outros que não os jornais e quadrinhos, Bill enxergava – ao menos eu assim compreendo - algo muito próximo à prostituição, fato que o levou a recusar dezenas de milhões de dólares com franquias e produtos. E ele fez isso por amor às suas criações. Outro fator importante: seus fãs o amam por ter tomado essa decisão.


Segundo o próprio Watterson: “Calvin e Haroldo foi projetado para ser uma tirinha e é tudo que eu quero que seja. É o único lugar onde tudo funciona do jeito que eu queria.”

Contudo, é preciso frisar que a publicação da tirinha foi um sucesso por causa do óbvio talento de Bill e, ainda, pela época em que foi publicada. Os anos 80 e 90 foram marcados pela presença de sucessos absolutos em todas as áreas. O rock teve seu representante maior, o cinema teve obras inesquecíveis, a pintura, a moda e tantas outras formas de arte tiveram seus ícones, assim como os quadrinhos/tirinhas foram representados pela “masterpiece” chamada Calvin e Haroldo. Hoje, infelizmente, a arte está fragmentada em incontáveis representações, digitalizada e vista com a pressa de um assalto. Aparentemente as pessoas não têm mais tempo para mergulhar em um trabalho do porte de Calvin e Haroldo, já que “o tempo é curto” e as distrações são incontáveis.

É provável que hoje o trabalho de Bill Watterson recebesse uma calorosa recepção, virasse trending topic e, como tudo nos dias atuais, fosse gradualmente esquecido, já que uma nova “onda” surgiria.


Foto por: Tony Dejak
Juli Slemmons apresenta uma história em quadrinhos "Calvin e Hobbes" do cartunista Bill Watterson na Biblioteca e Museu Billy Ireland Cartoon no campus da Ohio State University em Columbus, Ohio. (Foto AP)

O término de Calvin e Haroldo foi a forma encontrada por seu autor para dizer que, agradável ou não, tudo tem um fim. Neste caso, o fim em questão foi apenas o da continuidade, pois a obra segue atual e vendável até hoje. Outro fato que garantirá a perpetuação da obra está na guarda de dezenas de originais das tirinhas na Biblioteca e Museu Billy Ireland Cartoon, em Columbus, Ohio. Um verdadeiro tesouro para a posteridade, mas também um ótimo material de estudo do trabalho de Watterson, hoje acessível no Museu.

Eu, entretanto, acredito que esses dois ainda estarão por aqui durante muitos e muitos anos. 

Minha experiência pessoal

Calvin e Haroldo vieram até mim por meio dos jornais da casa do meu tio. Eu me mudara para lá em função da morte de meu pai, tendo já perdido anteriormente minha mãe. Eu estava em uma casa onde fui muito bem recebido, porém não estava naquilo que chamei de lar por anos. Em meio a esse turbilhão de emoções, eis que um dia abro o Jornal do Brasil e me deparo com aquele garotinho e seu tigre. Acreditem, a sintonia ocorreu no mesmo segundo.

Foi com eles que eu, aos treze anos, viajei para os EUA, mais precisamente a cidadezinha de , conheci dinossauros, viajei para o espaço e, acima de tudo, descobri o valor de uma amizade verdadeira. Sim, o humor é um dos pontos altos das histórias de Calvin e Haroldo, mas nada se destaca tanto quanto a amizade entre esse garotinho e seu tigre.

Eu cresci lendo essas tirinhas. Meus dedos ficavam manchados quando eu manipulava minha coleção de recortes de jornal com as histórias de Calvin e Haroldo. Eu presenciei o gradual fim da tirinha e de outras que eram publicadas. Na verdade, presencio até hoje o lento fim dos jornais impressos, cada vez mais escassos.


Apesar de tudo isso, mesmo diante da recusa de Bill para comercializar sua obra-prima (leia-se canibalizar), tive o prazer de ler tudo dela, comprei uma edição importada – box com três edições para ser mais exato – com todas as histórias publicadas e, por fim, mas não menos importante, passei esse legado aos meus filhos que passaram a amar as aventuras de Calvin e Haroldo tanto quanto eu.

Ao final do post vocês poderão ler um texto onde há uma das mais emocionantes passagens que eu já li: a despedida de Haroldo ao seu velho amigo Calvin, décadas mais tarde. Não é uma versão oficial, esclareço, o que não tira o brilho da história. Impossível não chorar... 

O fim que nunca foi escrito...

Uma emocionante história onde o fim da vida de Calvin é mostrado da forma mais impactante e poética possível. Lágrimas cairão, principalmente se você for, assim como eu, fã da famosa e saudosa dupla.

Senhoras e senhores, com vocês: Calvin e Haroldo - As últimas palavras...


 

“Calvin? Calvin, meu amor?”

Da escuridão Calvin ouviu o chamado de Susie, sua esposa há 53 anos. Deus, ele estava tão cansado e foi tão difícil abrir os olhos. Vagarosamente, a luz substituiu a escuridão, e logo a visão estava completa. No pé de sua cama estava sua esposa. Calvin molhou seus lábios secos e falou com a voz rouca, “Você…você o…encontrou?”

“Sim querido,” Susie respondeu com um triste sorriso, “Ele estava no sótão.”

Susie pegou dentro de sua bolsa e retirou um suave, velho e laranja tigre de pelúcia. Calvin não conseguiu evitar uma risada. Já fazia tanto tempo. Muito tempo.

“Eu lavei ele para você,” Susie falou, sua voz quebrando um pouco enquanto ela colocava o tigre de pelúcia perto de seu marido.

“Obrigado Susie.” Calvin respondeu.

Alguns momentos se passaram enquanto Calvin apenas deitava em sua cama no hospital, sua cabeça virada para o lado, olhando o antigo brinquedo com nostalgia.

“Querida,” Calvin finalmente falou. “Você se importaria me deixar sozinho com Haroldo por um tempo? Eu gostaria de conversar com ele.”

“Sem problemas,” Susie respondeu. “Eu vou comer algo na cafeteria. Volto logo.”

Susie beijou seu marido na testa e se virou para ir embora. Com uma repentina, mas suave força, Calvin a parou. Amorosamente ele puxou sua esposa e a deu um beijo apaixonado em seus lábios. “Eu te amo,” ele disse.

“E eu amo você,” responde Susie.

Susie virou e saiu. Calvin viu lágrimas saindo de seus olhos quando ela saiu pela porta.

Calvin finalmente virou para ver seu mais antigo e querido amigo. “Olá, Haroldo. Faz um bom tempo não faz, amigo?”

Haroldo não era mais um tigre de brinquedo, mas o antigo e peludo tigre que Calvin sempre se lembrou. “Sem dúvida faz, Calvin.” foi a resposta de Haroldo.

“Você…você não mudou nada.” Calvin sorriu.

“Já você, mudou muito.” Haroldo disse tristemente.

Calvin riu, “Verdade? Eu nem tinha reparado.” Teve uma longa pausa. Apenas o barulho de um relógio contando os segundos, ecoando no quarto estéril do hospital.

“Então…você casou com Susie Derkins.” Haroldo falou, finalmente sorrindo. “Eu sempre soube que você gostava dela.”

“Fique quieto!” Calvin disse, seu sorriso maior que nunca.

“Me conte tudo que perdi. Eu adoraria ouvir tudo que você fez!” Haroldo disse, empolgado.

Então Calvin contou tudo. Ele contou como ele e Susie se apaixonaram no colegial, como eles se casaram logo após a faculdade, contou sobre seus 3 filhos e seus 4 netos, como ele transformou Space Spiff em uma das mais populares novelas de ficção científica, e por aí vai.

Depois que ele disse tudo isso para Haroldo, ocorreu mais um silêncio impregnante.

“Você sabe…eu te visitei no sótão várias vezes.” Calvin disse.

“Eu sei.”

“Mas eu nunca consegui te ver. Tudo que eu via era um animal de pelúcia.” a voz de Calvin estava quebrando e lágrimas de arrependimento começaram a cair de seus olhos.

“Você cresceu, amigão.” disse Haroldo.

Calvin começou a soluçar, abraçando seu melhor amigo. “Me desculpe! Por favor me desculpe por quebrar a minha promessa! Eu prometi que nunca ia crescer e que iríamos ficar sempre juntos!”

Haroldo acariciou o cabelo de Calvin, ou o pouco que ainda restava. “Mas você não quebrou.”

“O que você quer dizer?”

“Nós sempre estivemos juntos…em nossos sonhos.”

“Nós estivemos?”

“Nós estivemos.”

“Haroldo?”

“Sim, amigão?”

“Estou tão feliz por poder te ver assim… uma última vez…”

“Eu também Calvin, eu também.”

“Amor?” A voz de Susie veio do outro lado da porta.

“Sim, querida?” - respondeu Calvin.

“Posso entrar?” perguntou Susie.

“Só um minuto.”

Calvin virou para ver Haroldo uma última vez.

“Adeus, Haroldo. Obrigado…por tudo…”

“Não, eu que te agradeço Calvin.” respondeu Haroldo.

Calvin virou para a porta e falou, “Pode entrar agora.”

Os filhos e netos de Calvin seguiram Susie no quarto dele. O neto mais novo correu por todos eles e abraçou o seu avô de uma forma forte e empolgada. “Vovô!” gritou a criança.

“Francis!” gritou a filha de Calvin, “Seja gentil com seu avô.”

A filha de Calvin virou para seu pai e disse “Me desculpe, papai. Francis não está se comportando esses últimos dias. Ele apenas corre fazendo bagunça e vindo com histórias estranhas.”

Calvin riu e disse, “Ora, isso está parecendo como eu era na sua idade.”

Calvin e sua família conversaram mais um pouco até quando a enfermeira chegou e disse, “Me desculpem, porém a hora de visita está praticamente terminando.”

A amorosa família de Calvin disse tchau e prometeu voltar no dia seguinte. Assim que eles estavam saindo Calvin disse, “Francis. Venha aqui um segundo.”

Francis ficou ao lado de seu avô, “O que foi, vovô?”

Calvin pegou o antigo tigre de pelúcia e o entregou, tremendo para seu neto, que era extremamente parecido com ele tantos anos atrás.

“Esse é Haroldo. Ele foi meu melhor amigo quando eu tinha sua idade. Gostaria que você o tivesse.”

“Mas ele é apenas um tigre de pelúcia.” Francis disse.

Calvin riu, “Bom, deixe-me te falar um segredo.”


Francis chegou mais perto de Calvin. Calvin sussurrou, “se você o pegar em uma armadilha para tigres, utilizando um sanduíche de atum como isca, ele vira em um tigre real.”

Francis olhou com admiração. Calvin continuou, “Não apenas isso, ele será seu melhor amigo para sempre.”

“Wow! Obrigado, vovô!” Francis disse, abraçando seu avô fortemente novamente.

“Francis! Nós precisamos ir agora!” chamou a filha de Calvin.

“Okay!” Francis gritou.

“Cuide bem dele.” disse Calvin.

“Eu vou.” Francis disse, antes de correr com o resto de sua família.

Calvin deitou e ficou olhando para o teto. O tempo estava chegando. Ele conseguia sentir em sua alma. Calvin tentou lembrar uma frase que ele leu em um livro uma vez. Falava algo sobre a morte ser apenas a próxima grande aventura, ou algo do tipo. Seus olhos ficaram pesados e sua respiração ficou mais lenta. Enquanto ele ia finalmente para seu sonho final, ele ouviu Haroldo, como se estivesse logo ao lado dele na cama. “Eu vou cuidar dele, Calvin…” Calvin deu seu primeiro passo para mais uma aventura e teve seu último respiro com um sorriso em sua face.

Texto atribuído a Interciso Mateus







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