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ONU condena Israel, mas não adota o mesmo rigor com regimes totalitaristas (english and portuguese post)


Uma matéria publicada na Gazeta do Povo trouxe um grave alerta: a ONU focou mais na condenação dos ataques de Israel ao Hamas do que promoveu medidas contra a Rússia (que ataca a Ucrânia até hoje) ou contra as várias ditaduras espalhadas pelo mundo. Enquanto Israel promove a represália ao ataque do Hamas que vitimou aproximadamente 1200 civis, incluindo pessoas de outras nacionalidades, o grupo terrorista se escondeu atrás dos cidadãos comuns que vivem em Gaza.

Com a estratégia de usar cidadãos palestinos como escudo humano, e tendo israelenses reféns, o Hamas selou seu próprio destino. Ao provocar a ira de Israel após o massacre de homens, mulheres e crianças, o grupo terrorista não acreditou no poder de fogo israelense (ou talvez na coragem em acionar esse mesmo poder), o que é comprovadamente um erro gigante.

Então, diante da persistência dos terroristas e do "suporte" de uma pequena parcela da população de Gaza, Israel avançou e começou um ataque violentíssimo que já ceifou a vida de mais de 18 mil palestinos. Sim, há crianças, idosos e até doentes entre as vítimas, porém é imprescindível destacar que Gaza é refém dos terroristas, cujas crenças, fanatismo e terror imposto levaram uma parte razoável da população a apoiá-los.

A report published in the Brazilian newspaper Gazeta do Povo has raised a serious warning: the United Nations has focused more on condemning Israel's attacks on Hamas than on taking measures against Russia (which is still attacking Ukraine today) or against the various dictatorships around the world. While Israel is carrying out reprisals for the Hamas attack that killed approximately 1,200 civilians, including people of other nationalities, the terrorist group is hiding behind the ordinary citizens living in Gaza. 

With the strategy of using Palestinian citizens as human shields, and holding Israelis hostage, Hamas has sealed its own fate. By provoking the anger of Israel after the massacre of men, women, and children, the terrorist group did not believe in the Israeli firepower (or perhaps in the courage to use that same power), which is a proven major mistake. 

Then, in the face of the persistence of the terrorists and the "support" of a small portion of the population of Gaza, Israel advanced and began a very violent attack that has already claimed the lives of more than 18,000 Palestinians. Yes, there are children, the elderly, and even the sick among the victims, but it is essential to emphasize that Gaza is hostage to the terrorists, whose beliefs, fanaticism, and imposed terror have led a reasonable portion of the population to support them.


Qual o papel da ONU?

A Organização das Nações Unidas busca promover a resolução ou mediação de conflitos, além de interferir na política de certos países para evitar a desestabilização ou crises. Em sua essência, a ONU é uma ótima ferramenta em busca da equidade e da paz.

O ponto de discordância surge quando constatamos que a balança da ONU não se mostra tão equilibrada. Recentemente a organização votou 14 resoluções contra Israel após os ataques ao Hamas. Em suma, diversas resoluções (não são todas) condenam Israel por atacar o grupo terrorista, conforme estudo feito pela ONG UN Watch.

Em contrapartida, regimes ditatoriais ou totalitaristas são poupados de resoluções ou enquadrados nestas apenas uma ou duas vezes. Para exemplificar, Líbano, China, Cuba, Venezuela e Arábia Saudita, além da Nicarágua, não constam em qualquer resolução ou condenação emitida pela ONU. A Rússia que atacou e iniciou a guerra contra a Ucrânia sofreu apenas duas condenações.

Outros apontamentos presentes nas resoluções da ONU afirmam que Israel explora recursos palestinos, promove o cerceamento de direitos e viola direitos básicos do povo palestino. Contra essas acusações, Israel indica que há anos não interfere na política da Faixa de Gaza, permite que palestinos transitem e trabalhem em território israelense, entre outros fatores benéficos para ambas as partes. Mas o que mais impressiona é a ausência de condenações da ONU contra o Hamas que, além dos ataques terroristas contra cidadãos do mundo e israelenses, também se vale de cidadãos palestinos para usá-los como escudos humanos no caso das ofensivas de Israel.

What is the role of the United Nations? 

The United Nations seeks to promote the resolution or mediation of conflicts, as well as to interfere in the politics of certain countries to prevent destabilization or crises. In its essence, the UN is a great tool in the search for equity and peace. 

The point of disagreement arises when we realize that the UN's scales are not as balanced. Recently, the organization voted 14 resolutions against Israel after the attacks on Hamas. In short, several resolutions (not all) condemn Israel for attacking the terrorist group, according to a study by the NGO UN Watch. 

In contrast, dictatorial or totalitarian regimes are spared from resolutions or are included in them only once or twice. For example, Lebanon, China, Cuba, Venezuela, Saudi Arabia, and Nicaragua are not included in any resolution or condemnation issued by the UN. Russia, which attacked and started the war against Ukraine, suffered only two condemnations.


Dados comprovam tendência a criticar e condenar Israel.

Além das 14 resoluções contra Israel em 2023, a UN Watch também aponta que desde 2006 o país teve 104 resoluções contra si, emitidas pelo Conselho de Direitos Humanos da própria ONU. Este somatório supera o total de resoluções emitidas contra outros países do mundo no mesmo período.

Outro fator importantíssimo que dá consistência às denúncias da ONG UN Watch está no suporte e endossamento de publicações antissionistas feitos por Sarah Douglas, vice chefe do gabinete das Nações Unidas para questões das mulheres. Sarah "curtiu" publicações no X (antigo Twitter), todas estas voltadas a exaltar o estado palestino e a condenar Israel.

Contra Sarah, até o momento, pouco foi feito por parte da ONU, mas é fato que suas publicações (curtidas, retweets e outras ações) são contrárias às políticas de neutralidade, imparcialidade e busca pela paz, conforme determina a Carta das Nações Unidas..

Data show a trend of criticizing and condemning Israel. 

In addition to the 14 resolutions against Israel in 2023, UN Watch also notes that the country has had 104 resolutions against it since 2006, issued by the UN's own Human Rights Council. This total exceeds the total number of resolutions issued against other countries in the world in the same period. 

Another very important factor that gives consistency to the UN Watch's accusations is the support and endorsement of anti-Zionist publications made by Sarah Douglas, vice-chief of the United Nations office for women's issues. Sarah "liked" publications on X (formerly Twitter), all of which were aimed at exalting the Palestinian state and condemning Israel. 

Against Sarah, so far, little has been done by the UN, but it is a fact that her publications (likes, retweets, and other actions) are contrary to the policies of neutrality, impartiality, and the search for peace, as established by the UN Charter.

Resultados.

Apesar do impacto sofrido após os ataques terroristas do Hamas que mataram mais de 1200 cidadãos israelenses e de outros países, o que se vê é uma onda crescente de iniciativas contra Israel. Certamente tudo seria muito menos sujeito às críticas se os bombardeios contra Gaza não tivessem ocorrido, porém isso é conjectura sem sentido.

Em meio aos ataques - que são uma resposta ao ataque inicial sofrido - Israel busca a liberação de seus sequestrados. Quanto a estes, poucas informações são repassadas pelo Hamas que, de forma insistente, afirma agir por uma Palestina livre.

Goste a ONU ou não, as ações contra o Hamas continuarão. Ao contrário da política estabelecida ao redor do globo que prega um "diálogo" com terroristas e outros grupos que incitam a violência e se protegem às custas das vidas de civis, Israel não cederá um milímetro quanto às chantagens e ações orquestradas pelo grupo extremista.

Results 

Despite the impact suffered after the Hamas terrorist attacks that killed more than 1,200 Israeli and other citizens, what we see is a growing wave of initiatives against Israel. Certainly everything would be much less subject to criticism if the bombings against Gaza had not occurred, but this is meaningless conjecture.

 In the midst of the attacks - which are a response to the initial attack suffered - Israel seeks the release of its hostages. As for these, little information is being passed on by Hamas, which insists that it is acting for a free Palestine. 

Whether the UN likes it or not, actions against Hamas will continue. Unlike the policy established around the globe that preaches "dialogue" with terrorists and other groups that incite violence and protect themselves at the expense of civilian lives, Israel will not yield a millimeter to the blackmail and actions orchestrated by the extremist group.

A História se repete.

Não há dúvidas de que as mortes de palestinos por causa dos ataques israelenses são tão lamentáveis quanto as mortes de israelenses por conta dos ataques do Hamas. Entretanto, faz-se necessário observar que o argumento usado para atacar Gaza é o mesmo usado pelos EUA para acabar com a resistência japonesa na Segunda Guerra Mundial: a dor das perdas colocaria a população contra seus líderes. 

Ao contemplarmos a História do fato acima descrito, podemos ver que realmente houve o fim da guerra. Certamente milhares de vidas de combatentes aliados foram poupadas, porém isso se deu ao custo de centenas de milhares de vidas japonesas. 

Claro que as comparações são muito rasas e anacrônicas, mas há uma semelhança gritante entre as ações americanas e israelenses. Não justifico o ataque do Hamas e também não vejo como totalmente efetivo o ataque à Gaza, já que o ataque do grupo terrorista foi praticado sem aviso, de modo covarde e com extrema violência, ao passo que os ataques israelenses eram do conhecimento da liderança do Hamas que, infelizmente, optou por expor os palestinos e usá-los como escudo. 

Todavia, para finalizar a matéria, é preciso que os israelenses compreendam que seus ataques - que já vitimaram mais de 20 mil pessoas, segundo a Agência Brasil de Comunicações - podem gerar um efeito contrário ao que eles desejam. E para justificar a afirmativa anterior, basta lembrar que o genocídio de judeus foi o fator primordial para unir o povo judeu em torno da criação do estado de Israel, além de gerar diversos grupos de "caçadores de nazistas" pelo mundo todo.

Em suma, atacar e matar palestinos (inocentes ou terroristas) de forma tão brutal e indistinta é uma ação que pode gerar ainda mais apoiadores do Hamas, principalmente os parentes das vítimas que já possuem um ranço aos israelenses e cujas esperanças foram despedaçadas pela perda dos entes queridos. 

History repeats itself. 

There is no doubt that the deaths of Palestinians due to Israeli attacks are as regrettable as the deaths of Israelis due to Hamas attacks. However, it is necessary to note that the argument used to attack Gaza is the same one used by the United States to end Japanese resistance in World War II: the pain of losses would turn the population against its leaders. 

When we contemplate the history of the above fact, we can see that the war really ended. Certainly thousands of allied combatant lives were spared, but this came at the cost of hundreds of thousands of Japanese lives. 

Of course, the comparisons are very shallow and anachronistic, but there is a glaring similarity between American and Israeli actions. I do not justify the Hamas attack and I do not see the attack on Gaza as entirely effective, since the terrorist group's attack was carried out without warning, in a cowardly and extremely violent manner, while the Israeli attacks were known to the Hamas leadership, which, unfortunately, opted to expose the Palestinians and use them as shields. 

However, to conclude the matter, it is necessary for Israelis to understand that their attacks - which have already killed more than 20,000 people, according to the Agência Brasil de Comunicações - can have the opposite effect of what they desire. And to justify the previous statement, it is enough to remember that the genocide of Jews was the primary factor in uniting the Jewish people around the creation of the state of Israel, as well as generating various groups of "Nazi hunters" around the world.

 In short, attacking and killing Palestinians (innocent or terrorist) in such a brutal and indiscriminate manner is an action that can generate even more supporters of Hamas, especially the relatives of the victims who already have a grudge against the Israelis and whose hopes were shattered by the loss of their loved ones.

 

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