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Lista de lançamentos de livros da semana pela Companhia das Letras.




A prisão da fé, de Lawrence Wright (Trad. Laura Teixeira Motta e Denise Bottmann)
Das religiões surgidas nas últimas décadas, poucas angariaram a riqueza e o poder da Igreja da Cientologia. Conhecida como a “religião das celebridades”, a cientologia diz contar com milhões de membros ao redor do globo, e seus praticantes mais graduados às vezes são descritos como pessoas com poderes sobre-humanos. Assim, cada passo da igreja foi também acompanhado de escândalos, polêmicas e guerras judiciais. Para trazer à tona os bastidores do enigmático culto que atraiu atores como John Travolta e Tom Cruise, Lawrence Wright, vencedor do prêmio Pulitzer pelo livro-reportagem O vulto das torres — A Al-Qaeda e o caminho até 11/9, realizou mais de duzentas entrevistas com cientologistas e ex-membros da igreja, a maioria deles falando pela primeira vez com um jornalista. Wright combinou ao trabalho de campo anos de pesquisa em arquivos, traçando, assim, o mais completo panorama que se tem do funcionamento interno da Igreja da Cientologia. Com imparcialidade e sem cair num sensacionalismo fácil, mostra como a igreja persegue celebridades e como elas são usadas para promover os objetivos do Sea Org, o clero da organização, cujos membros assinam um contrato de 1 bilhão de anos com a igreja. Mostra ainda as perseguições e humilhações que recaem sobre muitos que se pronunciaram contra a cientologia, ou que às vezes apenas tentavam escapar dela. O resultado é uma reportagem corajosa sobre a igreja e seus líderes, mas também uma reflexão profunda sobre a natureza da fé.

Alguma poesia, de Carlos Drummond de Andrade
Publicado em 1930, Alguma poesia é um desses momentos chave em qualquer cultura literária: a estreia de um autor que marcaria as gerações futuras, no caso o mineiro Carlos Drummond de Andrade. Com poemas que desde então se impuseram como clássicos do nosso modernismo, como “Poema de sete faces”, “No meio do caminho”, “Infância”, “O sobrevivente”, o livro já demonstrava os caminhos a serem traçados pelo poeta ao longo de sua longa e produtiva carreira, como o lirismo, a memória familiar, o humor meio gauche, a meditação sobre a brevidade da vida. Um dos livros mais importantes da literatura brasileira, Alguma poesia cativa desde sempre os leitores da melhor poesia.

Digam a Satã que o recado foi entendido, de Daniel Pellizzari
Uma agência de turismo especializada em locais mal-assombrados que não existem. Uma seita que quer trazer de volta um antigo deus-serpente dos celtas. Um grupo de terroristas que pretende destruir simbolicamente a Irlanda. É na rota de colisão entre esses elementos que Daniel Pellizzari, de volta à ficção após oito anos, extrai um romance ao mesmo tempo sombrio e cômico sobre o amor nos tempos do apocalipse. Através das vozes de Magnus Factor, Bartholomew O’Shaugnessy, Demetrius Vindaloo e outros idiotas extraordinários, somos conduzidos por uma Dublin que deve menos aos guias turísticos do que aos becos escuros, às epidemias de tifo e às revoluções impossíveis.

Os transparentes, de Ondjaki
Ondjaki faz neste romance um painel ficcional poderoso de Angola a partir de histórias permeadas pelo afeto, pela imaginação e pelas vozes de moradores de um bairro de Luanda. A narrativa captura o leitor por meio de uma linguagem poética e bem-humorada, retratando um país dividido entre a modernidade pós-colonial e as tradições africanas. Os personagens protagonizam uma coleção de histórias vividas nos dias de hoje. São pessoas simples e extraordinárias, jovens e velhas, sofridas e esperançosas, autoridades e gente comum. São angolanos — e também estrangeiros —, habitantes de Luanda e de outras regiões, com seus hábitos e tradições, suas atribulações diárias, seus desejos e sonhos.

Essencial Celso Furtado, de Celso Furtado
Celso Furtado (1920-2004) é economista com uma trajetória fecunda e original. Seu horizonte sempre foi além da economia, abarcando as dimensões histórica, social, política e cultural dos problemas estudados, fossem do Nordeste, da América Latina — onde trabalhou muitos anos —, dos Estados Unidos ou da Europa — onde passou o longo exílio. Renomado teórico do subdesenvolvimento e da dependência, pioneiro do estruturalismo latino-americano, é, acima de tudo, um dos mais lúcidos intérpretes do Brasil. Esta edição, que traz alguns trabalhos inéditos, divide-se em quatro eixos: textos autobiográficos, pensamento econômico, pensamento político e reflexões sobre cultura, ciência e profissão de economista. A divisão temática ajudará o leitor a captar a abrangência de uma obra vasta, marcada pela visão interdisciplinar e global que tem interessado, mais e mais, estudantes e pesquisadores não só da área de economia como de ciências políticas, cultura e relações internacionais.

Editora Paralela

Porque você é minha, de Beth Kery (Trad. Alexandre Boide e Carolina Caires Coelho)
No momento que Francesca e Ian se conheceram, a atração foi imediata. Pura e intensamente física. Para Ian, ela era o tipo de mulher à qual não conseguiu resistir: totalmente inocente. Para Francesca, ele era o cara que a fascinava, mas também a amedrontava — sombrio, intenso, controlador e inacessível. A tensão entre os dois é enlouquecedora e, por mais que tentem resistir, entregar-se a essa paixão é algo inevitável. Render-se a esse desejo é tentador e provocante, mas uma paixão tão arrebatadora seria capaz de ensinar um homem completamente inflexível a amar?

Editora Seguinte

Infinity Ring: Dividir e conquistar, de Carrie Ryan (Trad. Flávia Souto Maior)
Depois de garantirem que Colombo descobrisse a América e que a Revolução Francesa fosse um sucesso, Dak, Riq e Sera viajam com o Anel do Infinito para tentar corrigir mais uma falha histórica e salvar a humanidade. O cenário é a Paris medieval, e centenas de navios tripulados por guerreiros vikings estão cercando a região, prontos para exigir que a população se renda. Sem saber ao certo que caminho tomar, os três jovens acabam causando uma guerra entre os parisienses e os nórdicos invasores, e se preparam para defender a cidade. Mas a situação se complica quando Dak é capturado e forçado a lutar junto ao exército adversário. Em meio a chuvas e flechas, jatos de óleo quente e ataques de catapultas, os três viajantes só conseguirão sair vivos — e continuar sua missão de restituir a ordem do mundo — se encontrarem um aliado entre os soldados inimigos mais ferozes da história.

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